Shenzhen, 5 ago (Xinhua) -- O Grupo Evergrande, um conglomerado de bens imobiliários chinês, anunciou na quinta-feira que comprou quase 5% das ações emitidas da China Vanke, a maior incorporadora imobiliária do país, complicando ainda mais a disputa prolongada pelo controle da companhia.
O preço das ações da China Vanke, cotada na Bolsa de Shenzhen, subiu pelo limite diário de 10% na quinta-feira.
Depois do encerramento do pregão na quinta-feira, o Evergrande disse em uma declaração que gastou mais de 9 bilhões de yuans (US$ 1,4 bilhão) para comprar um total de 516.870.628 ações da Vanke, respondendo por 4,68% do total das ações emitidas da companhia.
Segundo lei chinesa, se um investidor adquirir mais de 5% das ações de uma companhia cotada, deve fazer um anúncio, notificar a companhia, e submeter um relatório escrito à Comissão Reguladora de Valores da China e à bolsa de valores dentro de três dias. O comércio das ações da companhia deve ser suspenso até o investidor cumprir suas obrigações.
No ano passado, o Grupo Baoneng, de propriedade privada, adquiriu em silêncio um quarto das ações da Vanke e se tornou o maior acionista. O presidente da Vanke, Wang Shi, se opôs publicamente à aquisição, chamando do Baoneng "bárbaros" e expressando preocupações sobre sua fonte de fundos.
O ex-maior acionista da Vanke, o conglomerado estatal China Resources, ficou preocupado como sua participação na companhia foi de apenas 15%. O Grupo de Seguros Anbang também tem mais de 6% da Vanke.
A compra do Evergrande provocou debate aquecido, pois pode mudar o equilíbrio na disputa muito antecipada pelo controle da Vanke.