Genebra, 16 ago (Xinhua) -- A China é o primeiro país de rendimento médio a entrar na lista das 25 economias mais inovadoras do mundo, segundo um relatório conjunto pela Universidade de Cornell, INSEAD e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, em inglês), divulgado nesta segunda-feira.
Na lista de 2016, o país ficou classificado na 25ª posição, mais alto que o 29º lugar em 2015.
De acordo com Francis Gurry, diretor geral da WIPO, o Índice de Inovação Global (IIG) deste ano reflete o desempenho progressivo da China no setor.
"A lista está de acordo com todos os desenvolvimentos que observamos na China nos últimos anos, incluindo o uso de inovação como principal ferramenta na transição da economia chinesa de 'fabricado na China' para 'criado na China'," afirmou.
O relatório também revelou que uma grande diferença continua a atrapalhar a inovação entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento no mundo.
Dominada tradicionalmente pelos países altamente desenvolvidos, a lista deste ano registra a Suíça, a Suécia e a Grã Bretanha como as três economias mais inovadoras no mundo, com 15 das 25 maiores economias de inovação no IIG localizadas na Europa.
O indicador de alto nível avalia a qualidade de universidades, o número de publicações científicas e o registro de patentes internacionais.
Em termo deste indicador, a China subiu para 17º colocado mundialmente em 2016 e o primeiro nos países do rendimento médio, na frente da Índia e Brasil.
Olhando de maneira histórica, junto com a ascendência da inovação chinesa, o fenômeno não deve ser uma surpresa, disse Gurry.
"Até 1800, a China foi preeminente na ciência e tecnologia. Isto é um renascimento, ao invés de um nascimento", enfatizou ele.
De acordo com os especialistas, o panorama de inovação da China já experimentou melhoras sistemáticas em todas as áreas desde que o IIG entrou em vigor em 2007.
Isso é especialmente exato em termos de número de patentes e licenças emitidas e o crescimento baseado na qualidade da inovação.
O IIG é uma grande referência baseada em 82 indicadores usados por executivos de negócio, elaboradores de política e outros que desejam obter uma visão ampla de como está a inovação no mundo.