Exportações da China com previsão de nova queda para este ano

Fonte: Diário do Povo Online    22.08.2016 10h11

Fileiras de automóveis alinhados no porto de Lianyungang, na província de Jiangsu, em janeiro, à espera de serem enviados ao Brasil.

As exportações da China deverão registrar uma queda maior do que o ano passado sob as pressões econômicas que se têm verificado, segundo disse um analista do governo num think tank do governo, na sexta-feira.

“Além da fraca procura externa, o país enfrenta um momento duro atualmente”, disse Long Guoqiang, vice-diretor do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Conselho de Estado, durante uma coletiva de imprensa em Beijing.

Long apontou que as vantagens tradicionais que a China aproveitou em anos anteriores, tais como a mão-de-obra relativamente barata em indústrias manufatureiras, estariam a perder terreno no atual cenário de uma economia global enfraquecida e de uma indústria de tecnologia de ponta em franco desenvolvimento.

“As exportações continuarão lentas nos próximos anos”, disse Long.

As exportações chinesas caíram em 1,8% no ano passado para 14,14 trilhões de yuanes (2,14 trilhões de dólares), enquanto as importações caíram 13,2% para os 10,45 trilhões de yuanes, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas.

Esta foi a primeira vez que a China testemunhou um declínio, tanto nas exportações como nas importações desde 2009. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações caiam 1,6% e as importações 4,8%.

Um economista apontou que a tendência indica que o total das exportações anuais deverão cair ainda mais no remanescente do presente ano.

Entre janeiro e julho, o comércio exterior registava 3 pontos percentuais a menos que no ano passado.

Long disse, porém, que as perspetivas para o comércio externo são positivas para o futuro. Com o desenvolvimento de novos modelos de negócios, tais como o comércio eletrônico além-fronteiras, e as compras em mercados internacionais, assim como o crescente número de exportações com direitos de propriedade intelectual independentes, todos eles apresentaram um crescimento.

O ministro assistente do comércio, Zhang Ji, disse durante uma coletiva de imprensa que a China mantinha ainda uma posição de liderança no comércio de bens, com um aumento no mercado global de 11,2% em 2013 para 13,8% em 2015.

“Após três décadas de crescimento acelerado, devemos tratar o assunto mais objetivamente e racionalmente”, disse Zhang.

(Editor: Renato Lu,editor)

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