Por Zhang Huizhong, Diário do Povo

 “Tivemos uma maior participação por parte do grupo de trabalhos durante este ano”, disse Hans-Paul Bürkner, presidente do Boston Consulting Group, quando falava sobre o Business 20 deste ano, ou cúpula do B20.

 “Atentamos em alguns sinais encorajadores ao longo do comunicado da reunião do G20 de Ministros das Finanças e Banqueiros Centrais, assim como no pano de fundo da reunião do G20 de Ministros do Comércio em julho, e esperamos por uma cúpula de sucesso em setembro”, assinalou.

Hans-Paul referiu que o grupo de trabalhos infraestruturais teve a sorte de conseguir o privilégio de poder interagir mais de perto com os restantes grupos de trabalho do G20. Ao ter a oportunidade apresentar as reuniões dos ministros do G20, o grupo de trabalhos infraestruturais ajudou a alinhar o B20 com a agenda do G20 no geral, conseguiu uma avaliação de ideias-chave emergentes no B20 e, por fim, conseguiu oferecer um apoio mais decisivo aos seus homólogos do G20.

“As empresas chinesas e os seus líderes de negócios estiveram muito ativos este ano. Recebemos uma liderança forte por parte da nossa direção, assim como das equipas da Sinomach, Sinopec, SPIC e da State Grid”, disse Bürkner, quando falava da função das empresas chinesas no desenvolvimento de recomendações para o grupo de trabalhos infraestruturais do B20.

“À medida que a China desempenha um papel cada vez mais importante na economia global, acreditamos que um envolvimento crescente das empresas chinesas é uma tendência importante para o futuro ao nível das infraestruturas, entre outras áreas”, acrescentou.

Bürkner destacou a importância de 5 recomendações avançadas pelo seu grupo, acrescentando que as recomendações “reforçam as ações ‘evergreen’ levadas a cabo pelo B20 em anos anteriores”, e “identificam novas oportunidades”.

“Se implementadas, estas cinco recomendações poderiam gerar mais de 2 trilhões em atividade econômica cada ano, e criar mais de 30 milhões de empregos adicionais ao longo das economias do G20”, fez notar.

Bürkner enfatizou particularmente as primeiras duas recomendações – aumentando e acelerando o canal para a criação de projetos bancários de elevada qualidade; assim como a necessidade de desenvolver regulamentos condutivos, implementação de estratégias de monitorização de patrimônio e promoção da criação de instrumentos financeiros necessários à abertura de investimentos de longo prazo em infraestruturas. Ele fez notar que as primeiras duas recomendações representam os desafios mais importantes ao nível infraestrutural para a comunidade de negócios atualmente, acrescentando que estaria interessado em ver de que forma a comunidade global abraçaria a promessa de uma revolução digital na indústria infraestrutural. 

Bürknet explicou que as suas políticas vão também ao detalhe na necessidade de melhorar os projetos verdes, fazendo notar que existem oportunidades significativas para as organizações que detenham, planejem e operem no mercado infraestrutural (como agências de transporte) para serem mais ágeis, identificarem e implementarem sistemas de IT

“Apenas nessa altura os governos poderão eficientemente e efetivamente acelerar a criação de requisitos regulamentares para abolir os riscos de projetos infraestruturais e recolher os benefícios dai provenientes”, disse Bürkner.