Por Song Haoxin, Diário do Povo
Um cliente indiano aborda questões negociais com o dono da loja, a 3 de agosto de 2016.
Um número recorde de países em desenvolvimento estão a ser convidados para a 11ª cúpula do G20, agendada para os dias 4 e 5 de setembro na cidade de Hangzhou, na China. Esta medida irá conferir a esses países a oportunidade de, mais do que nunca, terem uma palavra a dizer relativamente à governança global.
Embora os membros do G20 sejam compostos de países desenvolvidos e em desenvolvimento, os últimos não eram ainda suficientemente representados. Ao trazer a maior presença de sempre de representantes destes países, a China espera suprir o “deficit democrático” e ajudar esses países a estarem mais envolvidos nos destinos do mundo.
Ruan Zongze, vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, afiançou que as nações em desenvolvimento “irão brilhar durante a cúpula”.
Os líderes do Chade, Egito, Cazaquistão, Laos, Senegal e Tailândia estão convidados para o evento.
Entre esses países, o Chad está rodando a presidência da União Africana, enquanto o Senegal se está planejando a presidência da Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano. O Laos se encontra a rodar a presidência da ASEAN, enquanto a Tailândia está envolvida do G77.
Estas nações representativas irão ajudar a melhorar a capacidade de comunicação do G20 com a União Africana e com o G77, conferindo um maior poder de influência por parte dos países em desenvolvimento. Tal arranjo permitirá realizar o lema da cúpula: “Construir uma economia global inovadora, envigorada, interconectada e inclusiva”.
Enquanto ponte de conexão entre o mundo desenvolvido e em desenvolvimento, a China deve agora, mais do que nunca, incluir os países em desenvolvimento nas decisões de governança econômica, disse Ruan.
O acadêmico elogiou também o ênfase no desenvolvimento. Com a participação de mais países em desenvolvimento, será possível incrementar o envolvimento dos últimos nas agendas do G20, assim como concluir parcerias de cooperação com os seus membros.
Um dos problemas centrais para a performance econômica da economia atual é o desenvolvimento díspar no mundo. Um maior envolvimento dos países em desenvolvimento nas medidas do G20 irá contribuir para a redução dessa discrepância. Este facto foi já reconhecido pelos países de ambos os lados da marca do desenvolvimento desde a crise financeira de 2008.