Beijng e Shanghai baniram as scooters elétricas das suas estradas devido a preocupações com a segurança rodoviária, apesar da crescente popularidade destes meios de transporte, para os quais não há ainda padrões de segurança a nível nacional.

As autoridades de trânsito de Beijing disseram que, a partir de segunda-feira, as pessoas que utilizarem scooters elétricas nas ruas terão que pagar uma coima de 10 yuans e abandonar as estradas. A lei aplica-se também aos monociclos e patinetes elétricas.

O anúncio foi feito após a polícia de Shanghai ter lançado uma campanha para retirar as scooters elétricas das estradas públicas, onde a polícia foi responsabilizada por parar os condutores destes velocípedes devido ao perigo que alegam representar para a sociedade.

A Associação dos Consumidores de Beijing diz ter testado 20 scooters elétricas de marcas diferentes recentemente, e diz ter verificado que a maioria delas teria travões deficientes. A distância de travagem de algumas delas era de 9.9 metros, e apenas uma era capaz de fazer uma travagem completa em menos de 4 metros.

Dezasseis das scooters testadas conseguia superar a velocidade máxima de 20km/h estipulada para aquele tipo de veículo.

“As scooters elétricas não pertencem à categoria de veículos a motor ou não-motorizados (de acordo com a lei chinesa)”, disse Dong Dehai, um porta-voz da polícia de Huangpu de Shanghai.

As autoridades de Guangzhou, a terceira maior cidade da China, estão também a considerar banir as scooters elétricas.

Apesar dos riscos de segurança, as scooters elétricas são cada vez mais populares, sendo um item com uma performance de vendas muito expressiva no Taobao, o maior site de comércio eletrónico da China.

Baihe, de 27 anos, adquiriu recentemente uma scooter elétrica, e diz estar disposto a ignorar a lei. “Vivo a 10 minutos da minha barbearia”, disse. “A scooter é capaz de percorrer 25km em apenas um carregamento de bateria. É barata, conveniente e fácil de manejar. É também capaz de se esquivar dos engarrafamentos”, disse.

Vários construtores de scooters elétricas encontram-se a cooperar com o governo para promover a legislação para estes veículos.