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G20: Xi Jinping enfatiza a necessidade de adotar medidas de crescimento a longo prazo

Fonte: Diário do Povo Online    06.09.2016 09h57

O presidente chinês, Xi Jinping, juntamente com os restantes líderes do G20, representantes de instituições internacionais e líderes de países convidados posam para a foto de grupo em Hangzhou.

Nesta cúpula do G20, os líderes das 20 maiores economias do mundo avaliaram de que forma a comunidade internacional salvou a economia global do colapso financeiro em 2008.

Com as lições desse incidente de um passado não muito remoto, os criadores de novas políticas, que dirigem 85% da economia mundial, exploraram em Hangzhou novas formas de renovar o ímpeto de crescimento do mundo.

Sob a presidência da China, atualmente a nação que dá um maior contributo para o crescimento global, espera-se que a visão de desenvolvimento da China e as suas experiências possam oferecer um contributo decisivo para colocar o mundo no caminho certo de desenvolvimento econômico.

A China diz esperar que a cúpula de Hangzhou avance com “uma prescrição que tenha em consideração, tanto os sintomas como as causas, abrindo caminho a um progresso sólido, sustentável, equilibrado e inclusivo da economia mundial”, disse o Presidente Xi Jinping na abertura da cúpula.

As várias políticas fiscais e monetárias utilizadas desde 2008 ajudaram o mundo a fazer face à crise, porém, os problemas estruturais permanecem.

Xi Jinping referiu que os líderes do G20 concordaram em preparar um novo leque de reformas fiscais, monetárias e estruturais para dispersar riscos de curto prazo, ao mesmo tempo que explorarão o potencial de médio e longo prazo.

O presidente chinês fez notar também que a senda de crescimento anterior, alimentada pela anterior onda de progresso tecnológico está a arrefecer, sendo que o potencial dos últimos desenvolvimentos no plano tecnológico e industrial não foram ainda aproveitados em toda a sua extensão.

O investimento além-fronteiras, que em tempos liderou o crescimento global, foi colocado de parte. A crise veio também incentivar um aumento do protecionismo.

O crescimento global caiu de 7% ao ano entre 1990 e 2008, para menos de 3% entre 2009 e 2015. O ano passado marcou o quarto ano consecutivo que a taxa de crescimento do comércio internacional estava abaixo do crescimento do PIB, de acordo com estatísticas da OMC.

A constatação deste facto levou os líderes do G20 a prepararem medidas para reduzir o protecionismo e reativar esta peça do crescimento global.

A China anunciou planos para 7 novas zonas de livre comércio, após o estabelecimento da primeira zona de livre comércio de Shanghai e de outras 3 em 2014.

O legislativo chinês reviu no sábado 4 leis no sentido de anular algumas restrições ao investimento além-fronteiras. Estas alterações entrarão em vigor a 1 de outubro.