A China encontra-se a implementar de forma célere o consenso anticorrupção atingido na cúpula do G20, que terminou na segunda-feira em Hangzhou, na província de Zhejiang, ao construir o primeiro centro de investigação antifraude em Beijing.

O centro terá a capacidade de providenciar apoio de inteligência na caça a fugitivos a operar na esfera econômica e em confiscar os seus ativos conseguidos por meio de fraudes.

O centro, sediado na Universidade Normal de Beijing, irá arrancar oficialmente com as suas operações em alguns meses.

Dezenas de especialistas e profissionais da área de estudos antifraude da China e de outras economias do G20 serão recrutados, de acordo com a Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCID) do PCCh, o órgão máximo para estas questões na China.

“O estabelecimento deste centro providenciará uma base sólida para os estudos de crimes de corrupção além-fronteiras e oferecerá apoio de inteligência para combater a corrupção a nível global”, disse Cai Wei, vice-diretor do Biró de Cooperação Internacional da CCID.

Cai frisou que o centro irá conduzir investigações aprofundadas entre os membros do G20 ao nível de crimes de corrupção, incluindo a comparação de leis domésticas e estrangeiras, procedimentos para confiscar ativos ilegais, extradição e apoio judicial. Subornos comerciais transnacionais serão também objeto de estudo.

Desde 2014, quando a China iniciou as operações Skynet para deter os fugitivos, 2,020 deles, incluindo 342 oficiais corruptos, foram trazidos de volta para enfrentarem julgamento, provenientes de mais de 70 países e regiões. Adicionalmente, 7.62 bilhões de yuans em fundos ilegais foram apreendidos, segundo revelam dados da CCID.