A China e o Vietnã comprometeram-se na segunda-feira a gerir as suas diferenças em assuntos marítimos e a promover a cooperação bilateral.
As conversações em torno destes assuntos tiveram lugar entre os primeiros-ministros dos dois países, aquando da primeira visita oficial de Nguyen Xuan Phuc à China, que teve início no sábado.
Durante as conversações no Grande Salão do Povo, Li disse a Phuc que a questão do Mar do Sul da China estaria relacionada com a soberania territorial, interesses marítimos, assim como o sentimento nacional.
“A China e o Vietnã precisam de trabalhar juntos para irem de encontro aos acordos estipulados pelos líderes de ambos os países, assegurando a estabilidade do Mar do Sul da China, e construir consensos que permitam incrementar as relações bilaterais e assegurar a paz marítima e regional”, disse Li.
Phuc enfatizou a necessidade de resolver as questões marítimas com a China sob um espírito de igualdade e respeito mútuo, sempre de forma pacífica.
O primeiro-ministro vietnamita sugeriu avançar para a cooperação marítima em áreas menos sensíveis e manter uma situação estável no Mar do Sul da China, de modo a prevenir que as divergências nesta região se empalideçam o potencial dos laços bilaterais.
Frisando o período crítico que tanto a China como o Vietnã atravessam ao nível da implementação de reformas, Li disse que os dois países necessitam de construir sinergias bilaterais ao nível da construção de infraestruturas, capacidade de produção, comércio e investimento.
Li não deixou de referir também a importância do intercâmbio cultural, de pessoas e o aprofundamento da cooperação dos partidos políticos, na defesa e aplicação da lei.
Phuc, por sua vez, referiu que os 66 anos do estabelecimento dos canais diplomáticos entre os dois países têm sido pautados por um caráter amistoso e que o povo vietnamita não irá esquecer a ajuda recebida por parte da China no processo de libertação e construção nacional.
O líder vietnamita asseverou que a postura do Partido Comunista do Vietname, assim como do governo visa regular a sua política externa para a manutenção da amizade tradicional que mantém com a China e consolidar o desenvolvimento dos laços bilaterais.
Após as conversações, os primeiros-ministros assinaram vários documentos em campos como economia, comércio, capacidade de produção, infraestruturas, educação, entre outras áreas.