Uma companhia chinesa, situada na província de Henan, anunciou que irá reconsiderar a sua política de demitir qualquer funcionário que adquira um IPhone 7 ou IPhone 7 Plus, após esta política ter causado um tumulto nas redes sociais chinesas.

“A nossa empresa proíbe todos os colaboradores de usarem ou comprarem o IPhone 7 e o IPhone 7 Plus. Quem violar a regra será imediatamente forçado a demitir-se”, podia ler-se num aviso lançado pela companhia, no dia 18 de setembro.

O comunicado apelava ainda aos colaboradores a não comprarem outros produtos fabricados nos EUA ou Japão, instando estes a dar preferência a produtos nacionais.

Desde que o aviso fora exposto nos meios de comunicação, a regra virara um tópico viral no Sina Weibo (versão chinesa do twitter), totalizando um número superior a 6 milhões de visualizações.

Alguns internautas rotularam a proibição como “bárbara e coerciva”.

O usuário “AND_YOUwu” comentou: “...é minha liberdade decidir o celular que quero comprar”, enquanto outro usuário, “Dunduner” escreveu, “É uma questão de tempo até essa empresa de mente fechada, praticante de um patriotismo cego, colapsar”.

Alguns apoiantes da política também se fizeram ouvir:“De qualquer forma, a proibição tem um intuito positivo, visando apoiar os produtos fabricados na China”, afirmou o usuário do Weibo, “Zaijian…Xiaodingding”.

Um funcionário da empresa, de apelido Liu, comunicou à imprensa que o aviso foi emitido diretamente pelo presidente, com a justificativa de que este havia lido bastantes histórias sobre a paixão dos chineses pelos aparelhos da Apple. A intenção do empresário era prevenir que essa cultura, de uma procura desenfreada pelos iPhones, se abatesse na sua empresa.

“Vou informar o presidente da opinião pública relativamente a esta política, e sugerir que reconsidere”, afirmou Liu.

Especialistas na área da legislação comunicaram à imprensa que tal proibição viola a Lei do Trabalho da China, não tendo, por isso, efeito legítimo.