Iniciativa chinesa do Cinturão e Rota beneficia países ao longo da rota, dizem especialistas

Fonte: Xinhua    28.09.2016 08h47

Washington, 28 set (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela China, tornou-se uma força "real" e "crucial" para o desenvolvimento dos países cobertos por ela, disseram segunda-feira na capital norte-americana economistas e empresários.

"Desde 2014, mais de 300 projetos, mais de US$ 75 bilhões foram anunciados por investidores chineses", afirmou Agris Preimanis, economista chefe para a Ásia Central do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), em um evento sobre a Iniciativa do Cinturão e da Rota realizado pelo Centro Eurásia.

"E muito mais (foi investido) por outros como nós mesmos (do BERD) e outros investidores naqueles países", acrescentou Preimanis.

O economista disse que a Iniciativa do Cinturão e Rota é "crucial" para os países cobertos pela iniciativa porque criou "uma plataforma para construir indústrias mais competitivas" e os investimentos vão além de infraestrutura para energia, comércio eletrônico e telecomunicação.

"A Iniciativa do Cinturão e Rota será o maior projeto da humanidade. Envolve dezenas de nações, bilhões de pessoas, trilhões de dólares de investimentos e ajudará a conectar mais as nações, para difundir mais a paz e prosperidade", disse Tom Pellette, presidente de grupo de Indústrias de Construção da Caterpillar, a principal fabricante norte-americana de maquinaria de construção e mineração.

"Nós estamos muito animados porque a Caterpillar faz parte disto", afirmou Pellette.

Os empresários acreditam que o futuro desenvolvimento sustentável da iniciativa não poderá ser realizado por um país só.

"Esta iniciativa não é só uma iniciativa proposta pelo governo chinês. É uma iniciativa para construir uma comunidade com interesse, destino e responsabilidade compartilhados com características de confiança política mútua, integridade econômica e abrangência cultural", declarou Fang Qiuchen, presidente de Associação Internacional de Contratantes da China.

"Eu acho que esta iniciativa é muito aberta e inclusiva. Eu dou as boas-vindas a todos os países, todas as organizações internacionais e regionais para serem completamente comprometidos, não se limitam aos países da Rota da Seda antigos", disse Fang.

O presidente chinês, Xi Jinping, propôs em 2013 a iniciativa, que se refere ao Cinturão Econômico da Rota da Seda, que liga a China com a Europa pela Ásia Central e Ocidental por rotas interiores, e a Rota Marítima da Seda do Século 21, conectando a China com o Sudeste Asiático, África e a Europa por rotas marítimas.

O Ministério do Comércio chinês informou que em 2015 as empresas chinesas investiram diretamente US$ 14,82 bilhões em 49 países dentro do quadro da cooperação da Iniciativa do Cinturão e Rota, um aumento anual de 18,2%.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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