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| O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, encontrou-se com o primeiro-ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário |
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, encontrou-se com os primeiros-ministros de Cabo Verde, Guiné Bissau e Moçambique, que se deslocaram até à Região Administrativa Especial para participar no Fórum de Macau.
Durante a reunião com Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde, Li Keqiang afirmou a determinação da China em incrementar a cooperação política mútua entre os dois países, visando a tonificação da relação bilateral. Economia marítima, comunicações, turismo, educação e segurança urbana foram alguns dos setores citados por Li, que aproveitou ainda para expressar a disponibilidade da China para partilhar com Cabo Verde algumas das medidas tomadas para assegurar o desenvolvimento e reduzir a pobreza no seu país. O primeiro-ministro incentivou as empresas nacionais de maior dimensão a investirem em Cabo Verde.
Por seu turno, Ulisses Silva afirmou que a relação política sino-cabo-verdiana é progressivamente mais sólida, destacando os frutos obtidos na esfera da cooperação económica e comercial e em projetos trilaterais levados a cabo noutros países. Cabo Verde, segundo as palavras de Ulisses Silva, deposita uma grande importância no Fórum de Macau e nos consensos que possam aí ser obtidos.
Na reunião com o seu homólogo da Guiné-Bissau, Baciro Djá, o primeiro-ministro chinês aludiu ao respeito mútuo e à relação em pé de igualdade existente entre as duas nações. “Respeitamos o caminho escolhido pelo povo da Guiné-Bissau rumo ao desenvolvimento nacional, e estamos dispostos a manter o intercâmbio a um alto nível com as autoridades do país, aspirando ao reforço da confiança mútua e da cooperação pragmática. Faço votos para que a Guiné-Bissau apresente o seu contributo durante o fórum, que possa beneficiar das oportunidades económicas e comerciais providenciadas por Macau, e que, baseando-se nos seus recursos e pontos fortes, seja capaz de aprofundar a cooperação com a África ocidental e com a China de um modo pragmático, que compreenda o seu desenvolvimento nacional e o das restantes partes envolvidas”, afirmou.
Baciro Djá reservou algumas palavras de agradecimento face ao apoio obtido por parte da China para a independência do seu país, aos incentivos ao desenvolvimento económico-social da Guiné-Bissau, e à ajuda oferecida ao continente africano, ausente de qualquer agenda política. Djá expressou a intenção de coordenar a comunicação com a China em assuntos de índole internacional, referindo o Fórum de Cooperação China-África e o Fórum de Macau como exemplos de catalisadores do desenvolvimento sino-guineense, sino-africano e sino-lusófono.
No encontro com Carlos Agostinho do Rosário, primeiro-ministro moçambicano, Li fez referência à profunda relação de amizade entre a China e Moçambique, e à vontade por parte da China de que esta se venha a refletir nos campos económico e politico. A China tem por meta o alinhamento da iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota” com o potencial desenvolvimento de Moçambique, estando prevista a construção de autoestradas, portos, canalização de gás natural, entre outras obras de infraestruturas e canais. Li reiterou o apoio por parte do governo chinês às empresas nacionais para investirem em Moçambique, com vista a atingir um desenvolvimento sustentável e vantajoso para ambos os intervenientes.
O primeiro-ministro moçambicano, por seu turno, agradeceu o apoio da China para o desenvolvimento nacional do seu país, e demonstrou a disponibilidade para progredir a relação de cooperação bilateral em campos como: construção de infraestruturas, energia, agricultura, turismo, formação de recursos humanos, entre outros.
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