Wuhan, 16 nov (Xinhua) -- Wuhan, uma importante cidade no centro da China, tomou uma série de medidas para desinflar o aquecido mercado imobiliário, impondo parcelas mais altas de entrada e restrições mais firmes para a compra de casas.

As medidas, anunciadas na segunda-feira, deixam mais rígidos os regulamentos introduzidos desde o início de outubro para controlar o mercado de imóveis habitacionais.

De acordo com as medidas, as pessoas com hukou (certificado de registro residencial) de Wuhan que quiserem comparar sua primeira casa devem pagar uma entrada mínima de 30% do valor total do imóvel, uma alta de 5% em relação ao exigido anteriormente. A parcela mínima de entrada para os que que quiserem comprar a segunda casa aumentará de 50% para 70%, enquanto os que já possuirem duas casas na cidade não poderão fazer novas aquisições.

As pessoas não registradas localmente podem comprar apenas um imóvel habitacional com uma entrada mínima de 30%, e devem comprovar pagamento de imposto de renda ou de seguridade social na cidade por no mínimo dois anos.

O governo municipal também disse que aumentará a oferta de terrenos, controlará a alta dos preços da terra, fortalecerá o monitoramento do mercado e combaterá as atividades que violem as regras e as leis.

Os preços de imóveis habitacionais nas 100 maiores cidades chinesas aumentaram 14,9% nos primeiros nove meses de 2016, de acordo com a Academia de Índices da China, um instituto de pesquisa imobiliária privado.

Wuhan foi uma das 19 cidades chinesas que tomaram medidas desde o início de outubro para controlar a compra de residências para especulação imobiliária.