Lima, 21 nov (Xinhua) -- A China renovou no sábado seu pedido de impulsionar a construção de uma Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico (FTAAP, na sigla em inglês), como o protecionismo afeta o comércio mundial e a globalização econômica.
A FTAAP "é uma iniciativa estratégica crítica para a prosperidade a longo prazo da Ásia-Pacífico", disse o presidente chinês Xi Jinping ao fazer um discurso principal na Cúpula dos CEO da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) em Lima, capital do Peru.
"Nós devemos procurar firmemente a FTAAP como um mecanismo institucional para garantir uma economia aberta na Ásia-Pacífico", assinalou aos líderes empresariais mundiais.
O processo de FTAAP foi lançado na Reunião de Líderes Econômicos 2014 da APEC em Beijing com o endosso de um roteiro. Um "estudo estratégico coletivo" foi conduzido subsequentemente, como concordaram os membros da APEC, e o resultado deve ser informado aos líderes econômicos até o final de 2016.
Xi chegou ao Peru na sexta-feira para participar da Reunião de Líderes Econômicos da APEC, evento anual marcado para 19 e 20 de novembro em Lima, e para fazer sua primeira visita de Estado ao país latino-americano.
A reunião deste ano acontece contra o contexto de uma fraca recuperação mundial, falta do ímpeto de crescimento, reação adversa contra globalização econômica, comércio e investimento fracos, e crescentes desafios mundiais que assombram a perspectiva econômica mundial.
Em seu discurso, Xi pediu aos 21 membros da APEC que promovam uma economia aberta e integrada, melhorem a conectividade para alcançar o desenvolvimento interconectado, impulsionem a reforma e a inovação para criar uma maior força motriz interna, e promover a cooperação de ganhos recíprocos para criar forte parceria.
"Para qualquer acordo comercial regional conquistar apoio amplo, deve ser aberto, inclusivo e benéfico para todos", disse, acrescentando que "acordo fechado e exclusivo não é a escolha certa".
O presidente disse que os membros da APEC devem energizar comércio e investimento para promover crescimento, tornar acordos do livre comércio mais abertos e inclusivos, e defender o regime de comércio multilateral.
Reconhecendo que a globalização econômica é uma "espada de gumes duplos" com ceticismo estes dias, o líder da segunda maior economia do mundo disse todavia acreditar que a globalização econômica está em conformidade com a lei da economia e gera benefícios para todos.
"Nós precisamos guiar ativamente a globalização, promover a igualdade e a justiça, e tornar a globalização mais resiliente, inclusiva e sustentável, de forma que as pessoas consigam uma fatia justa de seus benefícios e uma participação nela", disse.