Li Mumiao, uma chinesa de 32 anos, ofereceu alimentação e alojamento a mais de 100 birmaneses que fugiram para a China após conflitos bélicos terem despoletado no país a 20 de novembro, grande parte deles crianças e idosos, de acordo com o website thepaper.cn.
Li, o seu marido e três crianças, vivem numa casa com um quarto em Manghai, no sudueste da província chinesa de Yunan, a uma curta distância dos campos oficiais para residentes birmaneses.
Duas habitações temporárias de bambu alojam dezenas de pessoas. Os restantes dormem no chão do pátio da casa de Li, usando colchões providenciados por ela e pelo governo.
“Podemos ouvir o tiroteio para lá da fronteira e mal conseguimos dormir durante a noite”, disse Li.
A maioria dos residentes do Mianmar não trouxe quaisquer pertences quando evacuaram o cenário de guerra, e poucos deles tinham qualquer comida. Li preparou alimentos e tornou uma “cozinha da sopa” uma realidade, graças à ajuda de residentes locais.
Pickles, vegetais, e arroz cozido a vapor em barris são agora os ingredientes principais das refeições da família de Li e dos birmaneses.
A chinesa não é uma cidadã com posses. A sua família mudou-se para Manghai, proveniente de uma área montanhosa há três anos atrás. Li e o seu marido, que têm ainda que suportar o fardo adicional dos custos da educação dos seus 3 filhos, obtêm o seu sustento a partir da atividade agrícola e de pequenos negócios, levando uma vida contida.
“Não sou rica, mas eles são mais pobres que eu. Não posso ficar indiferente ao seu sofrimento”, declarou.