Beijing, 12 dez (Xinhua) -- A China expressou na sexta-feira sua preocupação com as pesquisas antidumping da Comissão Europeia sobre o aço chinês resistente à corrosão. Esta é a medida mais recente entre uma série de medidas comerciais contra os produtos chineses neste ano.
"A China está muito atenta e se preocupa com a tendência da União Europeia (UE) para o protecionismo sobre o aço", declarou Wang Hejun, funcionário de alto escalão do Ministério do Comércio da China.
A UE recorreu com frequência a medidas restritivas desde o início de 2016 já que culpa o aço chinês de saturação na sua indústria.
"Isto é infundado e não é objetivo porque os problemas do aço europeu derivam de uma economia fraca", explicou Wang, esperando que a UE se torne racional e tenha uma visão objetiva em vez de adotar políticas protecionistas que impeçam a concorrência.
O problema só pode ser resolvido através da reestruturação e reformas internas, assim como com a cooperação econômica internacional, disse Wang.
Segundo Wang, a China sempre aderiu às ideias de cooperação e desenvolvimento mútuo e deseja impulsionar os diálogos para resolver a fricção comercial e criar um sólido ambiente para a recuperação econômica global.
Ele também pediu que a UE abandone o método de país substituto ao calcular as medidas antidumping contra exportações chinesas.
Sob o sistema de país substituto, os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) aproveitam custos de produção de um terceiro país para calcular o valor de produtos de países em sua lista de "não economias de mercado", a qual se inclui a China. A prática permite aos países impor facilmente tarifas elevadas.
De acordo com o Artigo 15 do protocolo de acesso assinado quando a China se integrou à OMC em 2001, o método de país substituto expira em 11 de dezembro de 2016.