WASHINGTON, 14 dez (Diário do Povo Online) – O Sistema de Reserva Federal dos EUA (comummente designado com Fed) elevou, na quarta-feira, a taxa de juro de referência em 25 pontos base, pela primeira e única vez no ano 2016, um indicativo de um ritmo mais acelerado para os aumentos da taxa no próximo ano.
“Tendo em vista as condições de mercado de trabalho e a inflação conseguidas e esperadas, o Comitê (do Federal Open Market) decidiu elevar a meta para a taxa de fundos federais para 0,50% e 0,75%”, declarou Janet Yellen, na coletiva de imprensa após o encontro dos membros do Comitê.
A moderada expansão econômica, o contínuo fortalecimento do mercado de trabalho e a melhoria da inflação permitiram que o banco central elevasse a taxa de juro após quase um ano sem alterações do valor da mesma, de acordo com o comunicado.
"A nossa decisão de aumentar as taxas pode ser entendida como um reflexo da confiança que temos no progresso que a economia teve e no nosso julgamento que esse progresso continuará", explicou Yellen.
Após a eleição de Donald Trump, o mercado de ações dos EUA tem atingido recordes, na expectativa das políticas tributárias do presidente-eleito e no seu plano de investimentos em infraestrutura.
Todos os membros do Fed "reconhecem que há uma incerteza considerável sobre como as políticas econômicas podem mudar, tendo em conta o que Trump pode fazer e como o Fed pode ter que reagir", afirmou Yellen.
De acordo com as projeções econômicas, o banco central prevê três aumentos da taxa no próximo ano, reformulando as previsões transmitidas em setembro, de apenas duas subidas, baseando sua alteração no recuo da taxa de desemprego e na possibilidade de mudanças na política fiscal do país.
No entanto, Yellen enfatizou que "estamos operando sob uma nuvem de incerteza, temos tempo para esperar e ver que mudanças ocorrerão para podermos objetivar as nossas tomadas de decisão, quando tudo for mais claro".
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