Por Su Xiaohui
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta última segunda-feira (19) a Resolução Nº 2328, sobre a questão da Síria, na qual apelou à evacuação de civis e combatentes das regiões afetadas pelos conflitos em Alepo, e à supervisão da ONU e dos órgãos concernentes sobre a verdadeira situação no local.
A China, como um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, desempenhou um papel importante no processo de deliberação e aprovação da resolução.
No dia 6 deste mês, a China votou contra um anteprojeto sobre a questão da Síria, apresentado pelo Egito, Espanha, Nova Zelândia e outros países para o Conselho de Segurança.
O veto da China causou fortes reações, tendo alguns países admitido alguma “surpresa” pela decisão da China, enquanto outros países implicaram que a China estaria “a seguir a Rússia”.
De fato, foi apenas uma demonstração da posição permanente e firme da China sobre a questão da Síria.
Em primeiro lugar, a China persiste na promoção da solução política, apelando ao cessar-fogo entre as diversas partes envolvidas no conflito.
Em dezembro de 2015, o Conselho de Segurança da ONU adotou a Resolução Nº 2254.
A China convidou o vice-primeiro-ministro e chanceler sírio para visitar a China, o que incitou a parte síria em aceitar a Resolução Nº 2254 e expressar, pela primeira vez, a vontade de realizar diálogos com a fação da oposição.
Segundo, a China persiste que o povo sírio deve decidir o futuro do seu país, enfatizando que o processo político da Síria deve “ser liderado pelo povo e pertencer ao povo”, acrescentando que o futuro líder do país deve também ser eleito pelos sírios.
Além disso, a China considera que a comunidade internacional deve apoiar a Síria na criação de um ambiente pacífico, oferecendo ajuda humanitária, e evitando a politização do humanismo.
Terceiro, a China insiste no papel da ONU como canal principal de mediação.
A China considera que a resolução sobre a questão da Síria deve chegar ao consenso com base nas negociações entre as diversas partes.
Quanto à situação humanitária da Síria, a China apoia o papel coordenativo da ONU nas ações de resgate.
A China adotou uma posição justa e objetiva na questão da Síria e participa nas negociações com uma atitude construtiva.
Ao mesmo tempo, tenta realizar o intercâmbio e mediação entre várias partes, prestando a devida atenção à vida do povo e aos direitos humanos na Síria.
A China reiterou que para a concretização da Resolução Nº 2254, é necessário que insistam no cessar-fogo, realizem negociações políticas, procedam ao resgate humanitário e se unam no combate contra o terrorismo.
Durante a promoção do processo da solução da questão da Síria, a China desempenha um papel construtivo e se tornou uma força positiva para a resolução do problema.
(Su Xiaohui é vice-diretora do Departamento de Estudos Estratégicos Internacionais do Instituto de Estudos Internacionais da China.)