Beijing, 23 dez (Xinhua) -- Uma pesquisa divulgada na quinta-feira pela Federação Nacional de Mulheres da China revelou que cerca de 53,3% das famílias chinesas com um filho entrevistadas não querem ter o segundo.

A pesquisa, realizada conjuntamente pelo Centro Nacional de Inovação para Avaliação de Qualidade de Educação Básica da Universidade Normal de Beijing, entrevistou 10 mil famílias com crianças de menos de 15 anos em 10 regiões provinciais, incluindo Beijing e Liaoning.

Segundo a pesquisa, o fator-chave para a maioria dos pais ao considerar o segundo filho é a qualidade dos serviços públicos, incluindo jardins de infância e escolas, qualidade de produtos para bebês, ambiente de vida e acesso ao tratamento médico.

Outras principais considerações abrangem se a mãe tem resistência para lidar com o segundo filho, as condições sociais e econômicas do casal e se a família tem a ajuda para cuidar do bebê que não tem idade suficiente para entrar no jardim de infância.

O documento também mostrou que mais da metade das famílias de dois filhos não sabem ainda como lidar com a educação das crianças, incluindo como estabelecer e manter relações próximas entre eles e como tratar os problemas entre eles.

Devido à pressão financeira, um grande número de famílias "não se atreve ou quer" ter o segundo filho, disse Chen Xiaoxia, chefe do departamento de crianças da federação.

Chen afirmou que as famílias com o segundo filho têm novas exigências em relação aos serviços públicos e precisam de orientação sobre a educação familiar.

Desde 1º de janeiro deste ano, a China autorizou que os casais tenham dois filhos. A mudança segue uma flexibilidade anterior à política do filho único em 2013, permitindo que os casais tenham o segundo filho se qualquer um dos pais fosse filho único.

A política do filho único foi implementada no final da década de 1970.