Investimento mútuo é um impulso importante na cooperação econômica e comercial entre a China e o Brasil

Fonte: Diário do Povo Online    26.12.2016 13h26

A ministra conselheira da economia e comércio da Embaixada da China no Brasil, Xia Xiaoling, revelou durante uma entrevista que as relações comerciais entre os dois países atingiram as trocas em larga escala e investimento, mantendo agora um ritmo constante em direção ao desenvolvimento.

O investimento mútuo é, portanto, a força motriz que permitiu chegar a este patamar e será o impulso para as relações comerciais e econômicas entre a China e o Brasil.

Xia afirmou que, apesar da instabilidade política e econômica do Brasil, os laços com o gigante chinês se têm aprofundado, com um aumento do investimento e a participação de empresas brasileiras e chinesas nos mercados.

De acordo com os dados, o Brasil investiu 19 milhões de dólares na China, ao mesmo tempo, as empresas chinesas começaram a investir em empresas brasileiras, com um fluxo anual de 10 bilhões de dólares, e um investimento em ações contabilizado em mais de 30 bilhões de dólares,

Afetados pela crise econômica do Brasil, nos últimos anos, o volume das trocas comerciais entre os dois países sofreu um decréscimo, no entanto, a importância do mercado chinês é insubstituível.

Xia acrescentou que, nas proximidades do final 2016, a cooperação sino-brasileira melhorou os mecanismos de cooperação, aumentando a profundidade e amplitude das relações bilaterais.

Foram assinados novos documentos em busca do aprimoramento da eficiência da cooperação, ampliando o alcance e o âmbito da mesma.

Enfrentando a desvalorização da moeda brasileira e a redução do poder de compra, a ministra conselheira reconheceu que a crise brasileira criou obstáculos à sobrevivência das empresas do Brasil, tendo o protecionismo comercial levado ao aumento do desconforto nas relações sino-brasileiras.

Contudo, como principais países emergentes do mundo, a China e o Brasil têm amplas perspetivas em interesses comuns como o desenvolvimento e a cooperação econômica e comercial.

Xia notou que o governo brasileiro está em busca de uma solução para a crise política e económica, esperando atrair investimento internacional para apaziguar a economia e o povo.

Desde 2009, existem mais de 200 empresas de capital chinês que continuamente investiram na mineração, energia elétrica, produção, finanças, agricultura, serviços, comércio em larga escala e a retalho, e outros campos, no Brasil.

O chanceler brasileiro, José Serra, colocou, em maio deste ano, o desenvolvimento das relações do Brasil com os países asiáticos como uma das prioridades das políticas externas, dando particular ênfase às relações com a China.

Serra deixou claro que a China e o Brasil são parceiros estratégicos, independentemente das mudanças que possam ocorrer na situação política do Brasil, pois o gigante asiático sempre foi o foco da política externa brasileira.

A ministra conselheira comentou que esta ênfase tem aumentado, especialmente no desenvolvimento agrícola e de infraestrutura, com o apoio da China, que se esforça na promoção da cooperação internacional.

Xia Xiaoling concluiu que as empresas são as principais promotoras das relações económicas e comerciais entre a China e o Brasil, acrescentando que o desenvolvimento da economia e das trocas comerciais é dependente dos esforços das instituições dos dois países.

A ministra conselheira espera que as empresas brasileiras aproveitem a oportunidade para impulsionar uma cooperação bilateral mais pragmática, elevando as relações entre os dois países a um novo patamar.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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