Opinião: a adesão ao princípio de “Uma Só China” é uma tendência geral

Fonte: Diário do Povo Online    28.12.2016 13h52

A 26 de dezembro, a China e São Tomé e Príncipe (comummente designado apenas por São Tomé) assinaram um comunicado conjunto sobre as relações diplomáticas entre os dois países, oficializando a retomada dos laços.

No comunicado, São Tomé reconhece que existe “Uma Só China”, e que o governo da República Popular da China é o único governo legítimo representante do território, sendo Taiwan uma parte inalienável do mesmo.

Depois de São Tomé declarar ter rompido as relações diplomáticas com Taiwan, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu imediatamente, elogiando o país africano por reassumir a adesão ao princípio de Uma Só China.

A retomada das relações diplomáticas entre os dois países representa um desenvolvimento histórico inevitável em conformidade com as tendências da atualidade, com a adesão ao princípio como aspiração das pessoas, em paralelo com os interesses a longo prazo dos países e dos povos.

Em outubro de 1971, na 26ª Assembleia Geral das Nações Unidas, foi adotada a resolução 2758, na qual se reconhecia o governo da R.P. da China como o único representante legal de todo o território.

O princípio de Uma Só China, incorporado na resolução, se tornou o consenso geral na comunidade internacional e uma norma para as relações dos outros países com a China.

São Tomé reconheceu esse princípio, cortou as relações ditas diplomáticas com Taiwan, e recuperou os laços com a R.P. da China, encorajando as relações e a justiça internacional.

O princípio de Uma Só China envolve os interesses e sentimentos comuns do povo chinês.

É um pré-requisito e uma base política para que a China mantenha e desenvolva laços cooperativos com outros países do mundo.

Quando este princípio é questionado, a China não deixa margem para transigências, qualquer tentativa de tentar negociar ou transgredir este princípio, pode colocar em risco a cooperação e resultará na oposição do povo chinês.

A China e África sempre partilharam objetivos e interesses comuns.

O sucesso da conclusão da Cúpula de Joanesburgo do Fórum da Cooperação China-África, em 2015, iniciou uma nova era na cooperação e desenvolvimento comum entre o gigante asiático e o continente africano.

Na cúpula, o presidente Xi Jinping revelou o “Plano das 10 cooperações” com África, como o objetivo principal de impulsionar a industrialização e modernização da agricultura nos próximos três anos, suscitando a simpatia dos africanos e dando uma nova esperança à cooperação e desenvolvimento.

Atualmente, a China é o principal e o maior parceiro comercial de África, assim como o maior financiador e investidor.

O corte de relações com Taiwan, pela parte de São Tomé e Príncipe foi a escolha certa do governo e dos santomenses, representando a inevitabilidade histórica da amigável cooperação entre a China e os países africanos.

As autoridades de Taiwan se afastaram do assunto, indicando o fracasso em ver a essência da situação.

A África é rica em recursos naturais e humanos, dando prioridade ao desenvolvimento, e a comunidade internacional deverá ajudar a alcançar a independência económica e o desenvolvimento sustentável.

O mundo tem sofrido e continuará a sofrer com complexas e profundas mudanças, a força nacional global da China e influência internacional encolheu. O equilíbrio de poder ao longo do Estreito de Taiwan também foi abalado por mudanças fundamentais.

No entanto, o princípio de Uma só China é o pré-requisito e a base para o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito, sendo por isso importante reforçar a adesão ao Consenso de 1992, que reconhece ambos os lados como um único país.

Face às tendências históricas, as autoridades de Taiwan devem também reconhecer o princípio e não confundir a comunidade internacional. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos