A Administração Nacional de Turismo da China (ANTC) afirmou, nesta terça-feira, que já instou todas as agências de turismo online/offline a suspenderem a cooperação com a cadeia hoteleira japonesa Grupo APA, retirando o seu nome da lista de hospedagem das respetivas plataformas.
As autoridades apelaram ainda aos viajantes chineses que boicotassem a cadeia hoteleira pelas suas ações, nas quais são negados factos históricos ocorridos no período na primeira metade do séc. XX.
Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz da Administração, Zhang Lizhao, disse que o ato do hotel APA se trata de uma provocação aos turistas chineses, tendo violado a ética básica do turismo.
Segundo o mesmo, a ANTC contactou imediatamente o grupo hoteleiro após o incidente, requisitando a retirada do livro que nega a história do massacre de Nanjing.
De acordo com um turista chinês que ficou hospedado no hotel, a 12 de janeiro, no seu quatro estavam disponíveis livros com conteúdos de extrema-direita, escritos pelo chefe executivo do Grupo APA, Toshio Motoya.
Nesses livros é negada a ocorrência do Massacre de Nanjing, assim como a existência das “mulheres de conforto”.
O autor alega que os crimes cometidos pelo Japão são mentiras e que estes fazem parte de uma conspiração dos EUA que visa o lançamento de bombas nucleares.
A cadeia APA irá receber os atletas participantes nos Jogos Asiáticos de Inverno, previstos para fevereiro.
Até o momento, o grupo recusou a retirada dos livros.
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