Beijing, 8 fev (Xinhua) -- As autoridades centrais da China emitiram nesta terça-feira diretrizes sobre o estabelecimento de uma "linha vermelha" ecológica que definirá as áreas sob proteção rigorosa e obrigatória.
O documento foi publicado de forma conjunta pelo Gabinete Geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e o Gabinete Geral do Conselho de Estado.
Segundo o documento, a China deve ter a "linha vermelha" claramente definida antes do fim de 2020.
A "linha vermelha" ecológica serve como uma "linha de fundo" e "linha vital" para proteger a segurança ecológica nacional, já que o ambiente ecológico do país continua sendo frágil e a situação da segurança ambiental é bastante grave, de acordo com o documento.
A estratégia da "linha vermelha" abrangerá as regiões com importantes funções ecológicas, como a conservação de águas e de terra, a manutenção da biodiversidade, a proteção contra ventos fortes e a fixação de areias, junto com as regiões ecológicamente frágeis propensas à erosão de terra, a desertificação e a salinização.
As diretrizes pedem que Beijing, Tianjin e Hebei, assim como as regiões ao longo do Cinturão Econômico do Rio Yangtze, estabeleçam uma "linha vermelha" para a proteção ecológica antes do fim de 2017, enquanto outras áreas, antes do fim de 2018.
Até o fim de 2020, deve ser completa a demarcação dos limites das regiões, e deve ser estabelecido basicamente um sistema de proteção ecológica de "linha vermelha".
A medida tem como objetivo garantir que as regiões protegidas não sejam degradadas ecologicamente, e que sua área não seja reduzida.
"A China começou a explorar a teoria e as medidas da 'linha vermelha' em 2012, e elaborou uma série de programas testes", disse Lu Jun, vice-chefe da Academia Chinesa de Planejamento Ambiental.
A proteção ambiental da China continua atrasada em comparação com seu desenvolvimento econômico. Décadas de crescimento rápido provocaram muitos problemas para o país, tais como smog e contaminação de água e terra.
Em dezembro do ano passado, o país nomeou chefes de rios para proteger os cursos d`água.
De acordo com uma conferência nacional de trabalho ambiental realizada em janeiro, a China deteve 720 pessoas por crimes relacionados ao meio ambiente em 2016.
Através de denúncias públicas e controles aleatórios, inspetores examinaram 33 mil casos e impuseram multas totalizando 440 milhões de yuans (cerca de US$ 63,6 milhões) depois de inspeções do governo central às diversas regiões provinciais incluindo Beijing e Shanghai.
No ano passado, 4,05 milhões de veículos altamente poluentes foram retirados das estradas do país.
Devido aos esforços, as cidades chinesas registraram menos poluição de PM2,5 em 2016, com a densidade média de PM2,5 em 338 cidades reduzindo em 6%. Ao mesmo tempo, os dias com boa qualidade do ar aumentaram anualmente em 2,1%.