Os investigadores ao cargo do caso da morte de Kim Jong-nam encontram-se a seguir o rasto de 4 homens da RPDC (República Popular Democrática da Coreia), que abandonaram a Malásia no mesmo dia em que Kim Jong-nam, o meio-irmão do líder da RPDC, foi aparentemente envenenado no aeroporto de Kuala Lumpur, segundo fontes policiais.
Desde a morte de Kim na semana passada, as autoridades têm vindo a recolher dados para compreender a situação. A polícia malaia deteve 4 pessoas com documentos identificativos da RPDC, Malásia, Indonésia e Vietname.
Um dos suspeitos, uma mulher indonésia, relatou aos investigadores que teria sido convencida de estar envolvida numa comédia ou brincadeira inofensiva.
No domingo, o vice-diretor da polícia malaia, Noor Rashid Ibrahim, disse que quatro suspeitos adicionais se encontravam escapulidos. Ibrahim afirmou que esses indivíduos eram cidadãos da RPDC e que haviam abandonado a Malásia a 13 de fevereiro, quando Kim morreu.
“Não vou revelar onde eles estão”, disse aos jornalistas, acrescentando que a Interpol estava a dar apoio à investigação.
Noor Rashid apresentou fotografias dos quarto homens, que viajaram com passaportes regulares e têm idades compreendidas entre os 33 e os 57 anos.
O chefe da polícia referiu ainda 3 outras pessoas que a polícia queria submeter a interrogatório, não sendo claro se se tratavam ou não de suspeitos.
Os resultados da autópsia de Kim deverão estar disponíveis nos próximos dias. “Temos que enviar uma amostra para o departamento de química para testes de toxicologia”, disse.
O caso despoletou tensões entre a Malásia e a RPDC. Pyongyang exigiu a custódia do corpo de Kim, tendo-se mostrado veementemente contra a realização de uma autópsia.
As autoridades malaias afirmaram, porém, estar simplesmente a seguir procedimentos protocolares.
Kang Chol, embaixador da RPDC na Malásia, disse que o país onde se encontra “estaria a tentar esconder alguma coisa” e que a autópsia foi levada a cabo “unilateralmente, excluindo a nossa participação”.