Beijing, 21 fev (Xinhua) -- A China manterá forte crescimento no consumo este ano com o aprofundamento da reforma estrutural no lado da oferta, segundo o ministro do Comércio Gao Hucheng na terça-feira.

"A tendência persistirá entre 2016 e 2020 e terá mais vendas varejistas online e consumo de produtos e serviços de qualidade", afirmou ele em uma coletiva de imprensa, citando o crescimento excelente nesses setores.

"As vendas varejistas, um principal indicador do consumo, têm crescido a taxas de dois dígitos anualmente por anos", disse ele, acrescentando que o comércio eletrônico facilitou o aumento de consumo.

O volume de vendas varejistas online aumentou 26,2% para 5,2 trilhões de yuans (US$ 755,3 bilhões) em 2016 em relação ao ano anterior.

O consumo está melhorando com os consumidores chineses comprando mais produtos caros e de excelência.

Mais de 28 milhões de automóveis foram vendidos na China no ano passado, um aumento anual de 13,7%, enquanto os veículos de nova energia registraram crescimento de 53%.

O consumo de serviços está crescendo mais rapidamente do que o de produtos devido à expansão rápida nos setores como refeição, limpeza e cuidado, acrescentou ele.

"O consumo se tornou o principal motor da economia chinesa desde 2014, contribuindo com 64,6% para o crescimento do PIB da China em 2016, um aumento de 4,9 pontos percentuais em relação a 2015", disse Gao.

A atual reforma no lado da oferta vai estreitar a discrepância entre a oferta de produtos e serviços e as demandas do mercado em constante mudança, liberando mais energia.

As vendas no varejo de bens de consumo devem subir 10,2% anualmente para superar 37 trilhões em 2017, contribuindo com mais de 70% do crescimento econômico do país, de acordo com um relatório anterior divulgado pela Câmara Geral de Comércio da China.

Em 2017, a China vai avançar a reforma estrutural no lado da oferta ao melhorar a estrutura da oferta e o ambiente de consumo, segundo o ministro.