O primeiro-ministro Li Keqiang dá as boas-vindas ao seu homólogo francês, Bernard Cazeneuve no Grande Salão do Povo em Beijing, na terça-feira.
BEIJING,22 de fev (Diário do Povo Online)- A China e a França assumiram o compromisso de incrementar o processo de globalização e assegurar o comércio livre, condenando para o efeito a crescente onda de protecionismo. Assim o afirmaram Li Keqang e o seu homólogo francês, de visita à China, na terça-feira.
“Apoiamos firmemente uma Europa integrada, unificada, próspera e estável que contribua para o melhoramento dos laços existentes entre a China e França e China-UE, bem com o multilateralismo e a globalização”, disse Li Keqiang.
Ambos líderes concordaram em enviar à comunidade internacional um forte sinal de cooperação e ação contra os riscos e desafios, contenção do protecionismo em qualquer forma e aprofundamento do multilateralismo e abertura económica.
“A globalização é benéfica para a construção de um mundo em paz e para o exercício das vantagens de cada país no cenário mundial”, disse Li.
“Enquanto participante e beneficiário da globalização, a China contribuiu com cerca de 30% para o crescimento económico mundial do ano passado. O país continuará a combater o protecionismo e a assegurar um sistema de comércio global aberto e multilateral”, acrescentou Li.
Os dois líderes afirmaram também a determinação em melhorar o sistema de gestão económica mundial e em resolver problemas que surgem como consequência da globalização.
Cazaneuve iniciou a sua visita de três dias à China na terça-feira, dois meses depois de tomar posse. Ele irá visitar também Wuhan, a capital da província de Hubei, onde irá testemunhar alguns projetos ambientais levados a cabo em conjunto pelos dois países.
“O protecionismo tem que ser resolvido com soluções pragmáticas, baseadas no benefício mútuo”, disse Cazeneuve. “Enquanto estivermos dispostos a conversar, um arquétipo de comércio de benefício mútuo pode ser atingido”, disse.
Após o encontro, os dois líderes assinaram alguns acordos no sentido de promover a cooperação em várias áreas.
A China National Nuclear Corp e a Areva, uma multinacional francesa, assinaram um acordo para aumentar a cooperação energética.
A título de exemplo, a Electricite de France irá trabalhar em conjunto com uma empresa chinesa para construir a central nuclear de Hinkley Point, avaliada em 23 bilhões de dólares no sudoeste de Inglaterra.
A França tem sido um dos mais importantes parceiros da China dentro da UE, e o Reino Unido, por sua vez, se tem tornado mais aguerrido na competição com a França para obtenção de investimento chinês, após a decisão de sair da EU, disse Zhao Junjie, um investigador de estudos europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais.