Comissão Reguladora de Valores da China pede persistência em comercialização, legalização e internacionalização da reforma

Fonte: Diário do Povo Online    28.02.2017 15h49

Por Qiang Wei, Diário do Povo

“A Comissão Reguladora de Valores da China tomará medidas em termos da participação dos órgãos exteriores no mercado chinês de valores mobiliários e futuros por meio de joint venture, incluindo a elevação gradual de proporções de ações dos investidores estrangeiros em instituições de valores mobiliários e futuros na China”, informou a Comissão Reguladora de Valores da China (CSRC, na sigla inglesa) em uma coletiva de imprensa realizada no dia 26 de fevereiro.

Durante a coletiva de imprensa, a comissão expressou que a China está recetiva aos investidores e fornecedores de serviços do exterior que desejem realizar negócios no país.

Nas últimas duas décadas de desenvolvimento do mercado de ações tipo A (o mercado chinês de ações é composto por três partes – os mercados de ações tipo A, tipo B e tipo H), a CSRC explorou métodos de introdução de capital estrangeiro e ampliação de canais de investimento.

Segundo as informações, a proporção de ações dos investidores exteriores em empresas de valores mobiliários pode atingir os 49%, o mesmo valor que podem atingir as proporções de ações em companhias de gestão de fundos e de futuros, 49%.

Quanto às preocupações de que o conselho internacional pode influenciar o valor de avaliação das ações tipo A, quanto à permissão de listagem no continente chinês, o vice-presidente da CSRC, Fang Xinghai, afirmou que a comissão tem estudado o conselho internacional, mas ainda existem obstáculos técnicos, incluindo o problema de regras contabilísticas.

As regras contabilísticas das empresas do exterior não são as mesmas, e os seus princípios de revelação de informações também são diferentes dos aplicados no mercado chinês, necessitando, por isso, de uma revisão antes da sua entrada no mercado.

Em junho de 2017, o Morgan Stanley Capital International Global Sustainability Index (MSCI) decidirá pela quarta vez se entrará no mercado de ações tipo A, resultado que pode influenciar o desenvolvimento do mesmo.

De acordo com Fang, qualquer índice de ações, se não for incluído nas ações chinesas, será incompleto.

A CSRC não pode garantir que as ações tipo A serão incluídas no índice do MSCI neste ano, mas a direção de comercialização, legalização e internacionalização da reforma não mudará, acrescentou.

Segundo o presidente da CSRC, Liu Shiyu, a comissão melhorou uma série de sistemas básicos do mercado de capital e apoiou significativamente o desenvolvimento das economias reais.

Em 2016, 248 empresas emitiram Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês), com financiamento de mais de 163 bilhões de yuans, e o refinanciamento de empresas listadas no mesmo ano superou 1,34 trilhões de yuans.

Além disso, através de fusões e aquisições, a força de capital de companhias listadas aumentou em mais de 980 bilhões de yuans, o financiamento da National Equities Exchange and Quotations (NEEQ) superou 139,1 bilhões de yuans. De acordo com Liu, esses capitais foram um grande contributo para o desenvolvimento das economias reais. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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