China contribui em 33,2% para o crescimento econômico mundial

Fonte: Diário do Povo Online    05.03.2017 11h20

A taxa do crescimento econômico da China atingiu os 6,7% em 2016, anunciou Wang Guoqing, porta-voz da 5ª sessão do 12º Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), inaugurada no dia 3 de março.

Em uma coletiva de imprensa realizada antes da abertura do evento, Wang afirmou que, com esse crescimento, China voltou a subir ao pódio das principais economias do mundo, em meio à depressão da economia global.

Para o país asiático, a taxa de 6,7% foi a menor desde 1991, tema de que foi um dos tópicos mais discutidos pelos representantes e conselheiros que se reúnem em Beijing para as sessões anuais da APN e CCPPCh.

No ponto de vista de Liu Zhibiao, professor da Universidade de Nanjing, e também conselheiro da CCPPCh, “não é necessário haver preocupação com a economia chinesa, que continua a apresentar um bom desempenho em comparação com outras economias mundiais”, pese embora a cifra diminuta face ao historial recente.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo FMI, o crescimento dos EUA registou um crescimento de 1,6% em 2016, face aos 1,7% da zona euro, 0,9% do Japão e 6,6% da Índia.

Com esse ritmo, a China contribuiu em 33,2% para o crescimento da economia mundial, continuando a ser a principal força de motriz na esfera global. Além disso, o volume total da economia chinesa superou o patamar dos 70 trilhões de yuans (cerca de 10,2 trilhões de dólares).

“Será que a economia chinesa continuará a abrandar?”. Relativamente a essa questão, o diretor do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho de Estado, Li Wei, respondeu que o risco da queda da economia chinesa está diminuindo, dado que o abrandamento do crescimento se apresenta em forma “L”.

Apesar do abrandamento econômico, a taxa do aumento da renda registra um melhor desempenho que o PIB, tendo atingido os 6,9% no ano passado. Além disso, a estrutura econômica foi otimizada, com o melhoramento da coordenação e sustentabilidade do desenvolvimento econômico – em 2016, o valor agregado do setor de serviços aumentou em 7,8% em termos anuais, um incremento de 1,1 pontos percentuais em comparação com o PIB, representando 51,6% deste.

“As dores de cabeça inerentes à reestruturação econômica são inevitáveis, mas vela a pena”, disse o professor Liu Zhibiao.

Para a economia chinesa, essa dor é tolerável. A curto prazo, a redução da capacidade produtiva excessiva poderá afetar a renda fiscal e o PIB de algumas regiões sendo que a desalavancagem irá pôr à prova algumas empresas, mas, por outro lado, a reestruturação irá libertar mais terras abandonadas e o recurso ao crédito, que poderá ser canalizado para indústrias mais eficientes. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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