Beijing, 7 mar (Xinhua) -- A empresa de smartphones chinesa Xiaomi não tem nenhuma pressa para expandir-se internacionalmente e vai se desenvolver nos mercados exteriores gradualmente, disse o CEO da companhia na segunda-feira.
"Leva tempo e recursos para aprender e entrar em um novo mercado devido a diferença cultural, ambientes jurídico e comercial. A expansão apressada causará muitos problemas", disse Lei Jun, presidente e CEO da Xiaomi, à margem da atual sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN).
A empresa tecnológica começou sua expansão no exterior três anos atrás e agora vende produtos em mais de 20 países e regiões.
Levou dois anos para a Xiaomi se tornar uma das cinco marcas principais de smartphone na Índia, seu maior mercado no exterior, cujas vendas atingiram cerca de US$ 1 bilhão em 2016.
"A Índia dá um bom exemplo cuja experiência pode ser compartilhada na expansão em outros países, e a Xiaomi começará nos mercados vizinhos e depois vai para o ocidente", segundo Lei.
Lei, também deputado da APN, acredita que a Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China oferece boas oportunidades para empresas tecnológicas chinesas expandirem fora do país a fim de ajudar outros países a desenvolverem a sua infraestrutura de IT.
Para tornar a expansão no exterior mais fácil para as empresas tecnológicas chinesas, Lei sugeriu que as autoridades chinesas estabeleçam escritórios específicos em países estrangeiros para oferecer serviços jurídicos, culturais e consultas comerciais e ajudar a unir a cooperação com os mercados estrangeiros.
"Entre cinco a dez anos, as marcas de smartphone da China vão ganhar popularidade mundial com produtos de design impressionante, qualidade, serviço e preços razoáveis", acrescentou Lei.