Por Zhang Mengxu, Diário do Povo
A Administração Nacional de Estatísticas (ANE) da China divulgou a 9 de março o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrados em fevereiro.
Os dados demonstram que o IPC em fevereiro registrou uma queda de 0,2% em relação ao mês anterior, face um aumento de 0,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O o IPP registrou um aumento de 0,6% em termos mensais, face ao aumento de 7,8% em termos anuais.
Em relação à queda mensal do IPC, o analista sênior da ANE, Sheng Guoqing, apontou que a oferta de legumes foi suficiente em fevereiro graças às condições climáticas favoráveis na maior parte do país, razão pela qual os preços dos alimentos foram diminuídos em termos mensais.
Quanto à subida imprevista do IPP, o estrategista da Academia Chinesa de Ciências Sociais da China, Wang Zhenxia, atribuiu-o a dois fatores: à subida de preço das commodities no mercado internacional, e ao preço baixo do IPP no ano passado, que assistiu a uma recuperação neste ano.
Desde o terceiro trimestre do ano passado, o IPP vem a registrar uma ascensão, fato demonstrado pelo melhoramento da capacidade lucrativa no tradicional setor manufatureiro.
No que diz respeito à eventual pressão inflacionária, Wang Zhenxia, apontou que a demanda do mercado está sendo estabilizada. “Se não houverem anomalias econômicas, não surgirá na China uma inflação notável, “ disse Wang.
Após um crescimento rápido ao longo de três décadas, o desenvolvimento chinês entrou numa fase em que a oferta da mão-de-obra diminuiu, a margem do crescimento da taxa de produtividade caiu, juntamente com a queda das taxas de reembolso do investimento.
“Neste caso, não é realístico nem necessário para a China voltar ao patamar do crescimento de 10%, ” afirmou Cai Fang, vice-diretor da Academia Chinesa de Ciências. “O objetivo é manter um certo ritmo de crescimento que garanta uma melhoria do nível de vida do povo e a estabilização da empregabilidade, além de corresponder à meta da construção de uma sociedade modestamente confortável, ou seja, um PIB em 2020 duplicado face ao de 2010”.