Comentário: Ambição manufatureira da China não é ameaça

Fonte: Xinhua    17.03.2017 13h28

Beijing, 17 mar (Xinhua) -- O plano de desenvolvimento da indústria de tecnologia da China, divulgado há quase dois anos, tornou-se inesperadamente alvo de acusação na última semana.

Um grupo comercial europeu criticou a estratégia "Made in China 2025" em um longo relatório dizendo que o apoio da China a seus dez setores manufatureiros de alta tecnologia provocariam pior tratamento às empresas estrangeiras, permitindo ao mesmo tempo que companhias chinesas subsidiadas pelo governo compitam de forma injusta.

Uma reportagem da imprensa descreveu o plano como uma "ameaça a empresas estrangeiras", acrescentando preocupações com o ambiente comercial da China.

A afirmação, aparentemente razoável, não parece ser verdade.

A China tem garantido multinacionais privilégios inimagináveis para as empresas nacionais, incluindo enormes reduções tributárias e subsídios. As autoridades locais, especialmente as que estão em regiões menos desenvolvidas, têm políticas ainda mais generosas, como por exemplo, o uso gratuito de terra.

O "super tratamento nacional" costumava ser um termo popular na China para descrever tais políticas preferenciais exclusivas.

Hoje, o tratamento especial está sendo retirado gradualmente como o governo deixa o mercado para tomar a decisão, mas mais áreas econômicas importantes são abertas a investidores estrangeiros e mais zonas de livre comércio foram estabelecidas.

"A porta da China permanecerá ainda mais aberta", reassegurou o primeiro-ministro Li Keqiang a empresas estrangeiras no início de março.

Li prometeu as mesmas políticas preferenciais sob o programa de melhora manufatureira da China para companhias nacionais e estrangeiras, além do tratamento igual em solicitações de licença, elaboração de padrões e aquisição governamental.

Para empresas com capital estrangeiro, inúmeros trabalhadores chineses em indústrias de processamento ajudaram a criar lucros consideráveis por décadas enquanto recebiam baixos salários.

Sofrendo com mercado global fraco, um crescente número de multinacionais começam a considerar o mercado chinês que teve rápido crescimento como uma saída de impulsionar seu crescimento comercial.

Líderes de indústrias mundiais têm razões para ter medo de corroer sua competitividade com a ascensão de empresas tecnológicas chinesas quebrando seus monopólios em tecnologia.

Mas a competição é saudável e vai melhorar a produtividade e a qualidade, trazendo benefícios aos consumidores de todo o mundo.

O objetivo da China como um poder manufatureiro não prejudicará os interesses de empresas estrangeiras; pelo contrário, criará mais oportunidades para cooperação e crescimento mútuo.

O mercado será altamente respeitado, e companhias terão a liberdade de fazer suas próprias escolhas sem intervenção, tanto em fusões e aquisições como em transferências de tecnologia. Por exemplo, subsídios foram reduzidos significativamente para produtores de veículo elétrico.

Por último mas não menos importante, a China está seguindo por um caminho de crescimento mais sofisticado, o qual é uma fase inevitável do desenvolvimento econômico.

É irracional contar com a China para continuar impulsionando a economia mundial por um lado, e caluniar seus esforços para buscar motor sustentável de melhoras tecnológicas do outro.

Acusações nunca podem contribuir para lucros empresariais e avanço econômico. Só por inovação e reforma constantes é que o mundo pode abrir caminho para o futuro, como a China está fazendo.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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