Preços de imóveis na China estabilizam após restrições

Fonte: Xinhua    20.03.2017 16h18

O mercado imobiliário da China nas principais cidades se estabilizou após as medidas tomadas pelo governo para controlar o aumento de preços.

Das 70 grandes e médias cidades analisadas em fevereiro, os preços de novas residências em mais da metade tiveram queda mensal ou saltaram menos de 0,5%, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Entre eles, 12 registraram quedas, com preços estáveis de novas residências em duas cidades em fevereiro, disse Liu Jianwei, estatístico de alto escalão do DNE.

Outras 19 cidades apresentaram subida de preços superiores a 0,5% no mês passado.

Os preços de novos imóveis nas cidades de primeira classe, como Beijing e Shanghai, subiram 0,1% em média em fevereiro, enquanto as de segunda e terceira classe registraram salto de 0,3% e 0,4% nos preços, respectivamente.

Em termos anuais, o aumento em fevereiro em 20 cidades desacelerou em relação ao mês anterior, informou Liu.

"As vendas de casas recém-construídas em 15 grandes cidades, incluindo Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen, desaceleraram em fevereiro com base nas políticas específicas do governo local", acrescentou.

Desde outubro do ano passado, dezenas de cidades chinesas anunciaram medidas como limites de compra e restrições de hipoteca para evitar um crescimento de preços fora de controle.

A última rodada de restrições veio após dois anos de flexibilização de políticas, começando com o relaxamento dos limites de compra em 2014 e impulsionando pelas políticas pró-crescimento, incluindo cortes de taxa de juros.

Muitas cidades de terceira e quarta classes têm oferta excessiva em seus mercados imobiliários, enquanto os preços de imóveis em algumas maiores cidades com acesso a melhor educação e serviços médicos estão crescendo rapidamente.

"Tomaremos mais medidas direcionadas e baseadas em categoria para regular o mercado imobiliário", de acordo com um relatório de trabalho do governo entregue na sessão parlamentar anual no início deste mês.

A pesquisa de sábado veio em consequência das novas medidas em grandes cidades. Beijing está aumentando a entrada mínima para os compradores do segundo imóvel e aqueles sem casas na capital mas que têm registros de empréstimo habitacional.

As mais recentes medidas vão conter algumas especulações e os preços de habitação em umas áreas de Beijing podem cair, prevê Zhang Dawei, analista da consultora de informação de imóveis Centaline.

Além disso, a cidade de Guangzhou, da Província de Guangdong, sul da China, também limitou compras de imóveis por meio de entrada mínima para os compradores de segunda casa.

(Web editor: 张睿, editor)

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