BEIJING,6 de abr(Diário do Povo Online) - O estabelecimento da Nova Área de Xiongan e a absorção das funções não essenciais da capital, previstas no seu desenvolvimento, são medidas vitais para o avanço do atual projeto de desenvolvimento coordenado da região Beijing-Tianjin-Hebei, disse Zhao Kezhi, líder do PCCh da província de Hebei na quinta-feira.

A China anunciou no sábado que irá estabelecer a Nova Área de Xiongan, na província de Hebei, a cerca de 100km a sudoeste de Beijing, abrangendo 3 municípios.

 “O estabelecimento da Nova Área de Xiongan surge sob o pano de fundo do desenvolvimento coordenado da região Beijing-Tianjin-Hebei. A medida tem uma grande preponderância para o desenvolvimento a longo prazo da região”, disse Zhao, secretário do Comité Provincial de Hebei do PCCh, em uma entrevista exclusiva à Xinhua.

 “Xiongan é caracterizada pelas suas vantagens geológicas, transporte conveniente, um bom ambiente, recursos amplos e um vasto espaço para desenvolver”, disse Zhao. “A área é a primeira escolha para relocalizar algumas das funções não essenciais de Beijing”.

As autoridades da capital chinesa anunciaram que alguns dos órgãos administrativos municipais do centro da cidade serão relocalizados para os subúrbios, em Tongzhou, a este da cidade.

Xiongan e Tongzhou irão formar as “duas alas” de Beijing, afirmou Zhao, acrescentando que a nova área conduzirá a otimização da disposição urbana e explorará um novo modelo de desenvolvimento otimizado em áreas com elevada densidade populacional.

O anúncio atraiu investidores à região, fazendo disparar os preços dos imóveis ali presentes.

O comité preparatório da nova área comunicou na quinta-feira que irá controlar as compras ilegais de terrenos e de casas, assim como as construções ali realizadas. O comité descobriu 765 violações no ramo imobiliário, e 7 pessoas foram detidas na sequência dessas ocorrências a 4 de abril.

 “A nova área visa se tornar um centro das indústrias de alta tecnologia, e não um local de investimento imobiliário de grande escala ou especulação imobiliária”, concluiu o oficial.