Shanghai, 10 abr (Xinhua) -- Cerca de 68% das empresas chinesas registraram atraso nos pagamentos em 2016, número abaixo dos 80% dos cinco anos anteriores, de acordo com uma pesquisa sobre pagamento corporativo na China realizada pela empresa de seguros de crédito global Coface.
A construção se manteve como o setor de maior risco em 2016 com 45,9% das empresas registrando 2% ou mais de atraso nos pagamentos para o período de longo prazo. 2017 será um outro ano desafiador para o setor altamente endividado, contra o cenário de restrição do crédito.
Apenas 40% dos entrevistados disseram usar ferramentas de gerenciamento de crédito para mitigar os riscos de não-pagamento, indicando que grandes esforços para controlar o gerenciamento dos riscos devem ser feitos na China.
Seguro de crédito é uma ferramenta efetiva para as empresas se protegerem contra os riscos de não-pagamento causados por negligência ou insolvência dos seus comparadores. O sistema é comummente usado na Europa, e a taxa de uso pode chegar a ser maior que 30% nos países desenvolvidos como França e Alemanha, segundo a pesquisa.
Na China, é estimado que menos de 2% do comércio de exportações seja coberto por seguro de créditos, e menos de 5% das empresas usam seguro de crédito para proteger o que elas recebem.
"O mercado chinês continua a crescer e a cobertura do seguro de crédito que apoia as exportações cresceu rapidamente nos anos recentes," mostrou a pesquisa.
"Nosso grupo vai continuar a investir no mercado chinês para ajudar as empresas chinesas a se internacionalizarem, e oferecer soluções para seguro de crédito com o objetivo de proteger os negócios contra os riscos de inadimplência financeira ao redor do mundo," disse o CEO da Coface Xavier Durand.
A Coface começou a realizar pesquisas anuais sobre os pagamentos na China em 2003 para melhor compreender as práticas de gerenciamento de crédito e as experiências de pagamento no país.
Na pesquisa de 2016, as respostas válidas vieram de 1,017 empresas com sede na China, incluindo empresas privadas, estatais e empresas 100% estrangeiras e joint-ventures.