No primeiro trimestre, 77,2% do PIB foi impulsionado pelo consumo, 12,6 pontos percentuais a mais que o resultado de 2016. No mesmo período, o setor de serviços representou 56,5% da economia total, 17,8 pontos percentuais a mais que a indústria secundária, de acordo com dados oficiais.
O forte poder de consumo significa grande potencial de mercado para o comércio internacional de mercadorias e serviços, e maior oportunidade de cooperação para o mundo, disse Gao Yuwei, analista do departamento de pesquisa do Banco da China.
Dados da Organização Mundial do Comércio mostraram que a China manteve sua posição como o maior exportador de mercadorias em 2016 pelo oitavo ano consecutivo. A China foi o segundo maior importador no mundo nos últimos oito anos.
MAIOR ESPAÇO PARA REFORMA
O crescimento no primeiro trimestre forneceu oportunidades para o governo promover a reforma estrutural, conter a expansão do crédito e melhorar a eficiência.
A China continuará priorizando a redução do excesso de capacidade de produção, o controle do aumento do crédito, a diminuição da alavancagem da dívida do setor corporativo e a reforma das empresas estatais, segundo um relatório recente do Banco Mundial.
O relatório sugeriu que o governo chinês continue as reformas estruturais de longo prazo, apoie os novos motores de crescimento da economia e facilite a transição da economia para serviços e produtos de alto valor agregado.
O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) também assinalou em seu relatório a importância para a China acelerar as reformas estruturais a fim de impulsionar a produtividade e o crescimento sustentável.
O forte consumo, apoio fiscal para a infraestrutura e reformas estruturais para melhorar a produtividade na indústria manterão a economia chinesa em um terreno sólido, segundo o BAD.
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