Maputo, 21 abr (Xinhua) -- A promotora geral moçambicana, Beatriz Buchilli, afirmou nesta quinta-feira no Parlamento moçambicano que a sua instituição pediu aos países estrangeiros que forneçam documentos que ajudarão a reunir evidências para esclarecer as dívidas ocultas do governo.
"Considerando que parte dos fatos ocorreu em terras estrangeiras, ativamos o mecanismo legal de cooperação internacional, solicitando documentos e informações aos Emirados Árabes Unidos, Holanda, França, Estados Unidos e Reino Unido", disse o procurador-geral ao falar para 250 membros do parlamento.
O procurador-geral falou no segundo dia da apresentação do relatório anual de status de justiça ao parlamento, no qual as dívidas ocultas é um dos temas que o parlamento exigiu detalhes à instituição.
O escritório do procurador geral não forneceu detalhes dos originais e da informação que está pedindo, mas afirmou que o processo está funcionando conformemente.
A corrupção foi um dos temas altamente debatidos e insistidos pelos grupos parlamentares, e a instituição admitiu que a luta contra a corrupção constitui uma de suas muitas prioridades e esclareceu sobre supostos casos de corrupção impunes.
"A corrupção é um crime que afeta a economia e destrói os esforços coletivos para o desenvolvimento e alívio da pobreza do país que todos desejamos. É nesse contexto que continuaremos a colocar nossos esforços para acabar com a corrupção e reforçaremos a coordenação da prevenção com toda a sociedade civil e outras partes relevantes", disse o procurador-geral.
O partido governante Frelimo também falou sobre este aspecto, dizendo que a luta contra a corrupção não deve ser apenas uma tarefa das autoridades de justiça, mas sim de todos.