Beijing, 15 mai (Xinhua) -- Representantes das principais economias do mundo, incluindo todos os países do G7, estiveram presentes no Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, que foi inaugurado neste domingo.
O fórum é a reunião mais importante sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota até agora, desde que presidente chinês Xi Jinping levantou pela primeira vez o conceito em 2013. É o evento de maior escala e o encontro internacional de mais alto nível realizado pela China.
Estima-se que os mais de 130 países representados no fórum de dois dias abrigam mais de dois terços da população mundial e seu Produto Interno Bruto combinado responde por 90% do total mundial.
Os Estados Unidos não estão ausentes. Matt Pottinger, assistente especial do presidente e diretor sênior para a Ásia no Conselho de Segurança Nacional, liderou a delegação americana.
Anunciando a participação dos EUA dois dias antes do fórum, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o Cinturão e Rota é uma importante iniciativa comercial que "vamos continuar a trabalhar com eles".
Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrático, o partido dominante do Japão, liderou a delegação japonesa.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, foi representada pelo chanceler do Tesouro Philip Hammond, e chanceler alemã Angela Merkel pelo ministro da Economia Brigitte Zypries, e o ex-primeiro-ministro francês Jean-Pierre Raffarin veio como enviado especial do seu presidente.
Raffarin disse à Xinhua que o presidente eleito, Emmanuel Macron, asssumiu oficialmente no domingo.
"Macron quer enviar a mensagem para a China que ele apóia a iniciativa", disse Raffarin. "A França está muito interessada na iniciativa de desenvolver a Eurásia".
Ele disse que a iniciativa vai trazer investimento, infraestrutura e empregos ao longo do Cinturão e Rota, como uma maneira eficaz de resolver a miríade de problemas do mundo.
Em entrevista à Xinhua antes de sua viagem a Beijing, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, disse que a iniciativa é talvez o projeto de infraestrutura moderno mais importante em andamento no mundo de hoje.
"Aproximar a economia chinesa através desta gigantesca operação de infraestrutura é extremamente interessante para a Itália", disse Gentiloni.
Xi disse que o Cinturão e Rota, enraizado na antiga Rota de Seda, concentra-se nos continentes asiático, europeu e africano. Mas também está aberto a todos. Países da Ásia, Europa, África ou Américas podem ser parceiros de cooperação internacional.
Nos últimos quatro anos, a iniciativa ganhou apoio de mais de 100 países e organizações internacionais.
Representantes do Brasil, Rússia, Índia e África do Sul - membros dos BRICS - e outras economias emergentes como a Indonésia, o México e a Turquia também estiveram presentes no fórum.
Presidente russo Vladimir Putin disse que a iniciativa é uma proposta oportuna para impulsionar a cooperação econômica e comunicação entre os países.
Hammond disse que a China dirige o Cinturção e Rota do Leste, a Grã-Bretanha é um parceiro natural no Ocidente.
"Durante séculos, a Grã-Bretanha tem sido defensora do comércio aberto. Nossa ambição é ter mais comércio e não menos comércio, e a China claramente compartilha essa visão", disse. "Central para a iniciativa é abordar os desafios de infraestrutura ao longo do Cinturão e Rota."
A Grã-Bretanha é um parceiro natural na prestação desta infraestrutura, apoiando o financiamento, o desenho e a entrega necessários para tornar a visão uma realidade.
Hammond disse que empresas britânicas e chinesas têm trabalhado bem em projetos de infraestrutura em África.
"A Grã-Bretanha está pronta para trabalhar com todos os países participantes para fazer o Cinturão e Rota um sucesso", disse.