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Presidente brasileiro recusa renunciar, após acusações de corrupção

Fonte: Diário do Povo Online    19.05.2017 13h54
Presidente brasileiro recusa renunciar, após acusações de corrupção
Presidente brasileiro Michel Temer durante um comunicado à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, a 18 de maio de 2017.

Michel Temer, o atual presidente brasileiro, recusou abdicar do seu cargo na quinta-feira, apesar de estar implicado em um caso de alegada corrupção.

Durante um pronunciamento à nação, na quinta-feira de tarde, Temer foi taxativo: “Não renunciarei, repito, não renunciarei”. O presidente disse ainda exigir uma “investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro”.

Um jornal local anunciou na quarta-feira que o presidente de uma empresa de empacotamento de carnes havia gravado a sua conversa com Temer e entregou as gravações ao Supremo Tribunal.

Nas gravações, Temer alegadamente apoia o suborno do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em troca do seu silêncio.

“E no Supremo demonstrarei não ter nenhum envolvimento com esses fatos...Sei o que fiz e da correção dos meus atos”, enfatizou Michel Temer.

Apesar das revelações, Temer constatou na quinta-feira não ter conhecimento dos conteúdos das gravações, acrescentando que havia pedido oficialmente ao Supremo Tribunal por acesso aos documentos.

Na quinta-feira, Edson Fachin, ministro relator da Operação Lava Jato, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente brasileiro.

Apesar da sua resolução, o impacto deste acontecimento fez-se sentir imediatamente.

O mercado de ações brasileiro caiu em 10%, com os títulos das maiores empresas do país, como a Petrobras ou o Banco do Brasil a caírem a pique.

Após ter sido tornado público na quarta-feira à noite, os opositores rapidamente pediram a renúncia ou impeachment do presidente.

Enquanto isso, milhares de brasileiros saíram às ruas em São Paulo em manifestação contra Temer.

Na quinta-feira à tarde, quatro casos diferentes de impeachment haviam sido inscritos, três na Câmara dos Deputados e um no Senado. 

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