A fabricante de automóveis chinesa Geely ganhou a corrida para a obtenção de uma parte da homóloga malaia Proton.
A aliança entre a Geely e a Proton está na base do aumento do otimismo da última, que passa assim a ter melhores perspetivas de futuro, após a sua quota de mercado ter afundado e ter acumulado prejuízos.
A Geely enfrentou concorrência por parte do Grupo PSA e da Renault, ambos franceses, para selar o acordo.
A Geely irá adquirir 49,9% da Proton, sendo que a restante quota fará parte da DRB-Hicom, empresa parente da Proton.
A Geely irá também garantir o controlo da Lotus, fabricante britânica de carros desportivos subsidiária da Proton.
A Proton focar-se-á na Geely para impulsionar a sua capacidade tecnológica e economias de escala, ajudando a empresa a penetrar nos mercados internacionais. A Geely passa a deter a capacidade de produção das fábricas parcialmente inativas da Proton e o acesso livre de impostos ao mercado automóvel da ASEAN.
“Acreditamos que iremos ter um potencial para meio milhão de carros no mercado da ASEAN ao trabalharmos junto com a Proton. Esta medida se trata de uma adaptação estratégica, de produção e, não menos importante, uma adaptação cultural”, disse Danial Donghui Li, vice-presidente executivo do Geely Holding Group.
Os analistas destacam o trabalho impressionante levado a cabo pela Geely em reformular e melhorar a Volvo, adquirida em 2010. Os malaios esperam que a fabricante chinesa possa fazer adaptações semelhantes à Proton.