Beijing, 27 mai (Xinhua) -- Faltando somente 100 dias para a 9ª Cúpula do BRICS em Xiamen, em setembro, o mundo está ansioso para saber se a reunião de líderes pode trazer novo brilho aos mercados emergentes e os países em desenvolvimento em meio a uma recuperação econômica global indolente e contratempos na globalização.
Sob o tema "BRICS: Parceria Mais Forte para um Futuro Mais Brilhante", a cúpula juntará os líderes dos países emergentes, que representam 40% da população mundial e 25% do PIB global.
Inventado por ex-economista do Goldman Sachs, Jim O´Neill, em 2001, o termo "BRICS" refere-se a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, quatro mercados emergentes com rápido crescimento e grande potencial.
Em 2006, os ministros das relações exteriores desses países encontraram-se em Nova Iorque, iniciando oficialmente o agrupamento do BRIC. A África do Sul integrou o grupo em 2010, mudando o acrônimo para BRICS.
É justo dizer que a China sempre atribuiu altas expectativas sobre o BRICS para mercados emergentes em que o país encontra fundamentos comuns naturais.
Enquanto a abreviatura em inglês é facilmente lembrada, na tradução chinesa as quatro letras têm o sentido literal "países de tijolo de ouro", e transmite confiança no futuro.
O sentimento de confiança é apoiado pelo crescimento concreto dos países.
O BRICS teve origem no auge da crise financeira global e tem conseguido exceder até as expectativas mais altas de O´Neill.
Os cinco países contribuem para mais da metade do crescimento global nos últimos dez anos, e a inclusão da África do Sul deu ao grupo mais peso político quando falar pelo mundo emergente no palco internacional.
Esta tem sido realmente uma "década de ouro."
Porém, os países do BRICS não estão livres de problemas, especialmente quando o mundo luta para diminuir a diferença de desenvolvimento amplo enquanto o protecionismo ascende.
Enquanto a China e a Índia devem atingir uma expansão econômica de cerca de 6,5% e 7,2%, respectivamente, em 2017, a Rússia, o Brasil e a África do Sul, que dependem pesadamente de recursos, ainda estão tentando para fugir a lama da recessão econômica.
Para ajudar a financiar os projetos de infraestrutura e o desenvolvimento sustentável no BRICS e nas outras economias emergentes e países em desenvolvimento, a China fundou em conjunto o Banco de Desenvolvimento do BRICS em 2014, com sede em Shanghai.
Plenamente operacional em 2016, o banco aprovou nesse ano empréstimos envolvendo a assistência financeira de mais de US$ 1,5 bilhão para projetos de energia verde e renovável, e de transporte.
Ao mesmo tempo, a China não somente busca o desenvolvimento dentro do BRICS, mas também para todos os países, com a Iniciativa do Cinturão e Rota.
Nomeada depois da histórica Rota da Seda, a Iniciativa do Cinturão e Rota foi proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013 para conectar melhor os países ao longo e fora da Rota da Seda antiga e planeja novos territórios para a cooperação internacional.
A maioria dos países ao longo do Cinturão e Rota são países em desenvolvimento ansiosos por melhor crescimento econômico e integração econômica regional.
Ao ligar os países e regiões que respondem por aproximadamente 60% da população mundial e 30% do seu PIB, a iniciativa é um exemplo excelente da China para compartilhar a sua sabedoria e soluções para o crescimento e a governança global.
No Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional realizado no início deste mês, Xi prometeu o equivalente a 380 bilhões de yuans em empréstimos para os projetos de infraestrutura e de desenvolvimento dos bancos de política da China, e 60 bilhões de yuans em assistência para os países em desenvolvimento e organizações internacionais.
Até agora, a Iniciativa do Cinturão e Rota tem sido muito bem recebida pelos países do BRICS.
Com as plataformas inclusivas como o Cinturão e Rota e o Banco de Desenvolvimento do BRICS, a China ajudará sem dúvida a adicionar brilho ao BRICS de ouro, construindo uma nova plataforma para a cooperação Sul-Sul.