Hong Kong, 20 jun (Xinhua) -- Vinte anos estão suficientes para fornecer provas convincentes do sucesso do princípio de "um país, dois sistemas" na Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong, disse à Xinhua um funcionário do governo central lotado em Hong Kong.
Em abril, o presidente Xi Jinping descreveu o princípio de "um país, dois sistemas" em Hong Kong como um "grande sucesso", lembrou Zhang Xiaoming, diretor do Departamento de Comunicação do Governo Popular Central na RAE de Hong Kong. "Qualquer pessoa que respeitar os fatos e não tiver preconceito apoiará essa avaliação".
O dia 1º de julho marca o 20º aniversário do retorno de Hong Kong do domínio inglês e o estabelecimento da RAE de Hong Kong. Promulgada de acordo com a Constituição da China, a Lei Básica da RAE de Hong Kong especifica as diretrizes de "um país, dois sistemas" e "Povo de Hong Kong administrando Hong Kong" com um alto nível de autonomia.
Segundo Zhang, desde 1997, a RAE de Hong Kong tem sido incorporada com êxito ao sistema de governança do país.
"A administração do governo central em Hong Kong está andando tranquilamente. Os direitos soberanos têm sido demonstrados e a segurança nacional tem sido salvaguardada", disse ele.
Nos últimos 20 anos, Hong Kong tem se mantido como um centro das finanças, remessa e comércio internacional e tem sido reconhecida por várias agências internacionais como a economia mais livre e a região mais competitiva do mundo, de acordo com Zhang.
"Se olharmos para os êxitos alcançados em meio às crises financeiras asiáticas e globais e a erupção da SARS, e comparando com outras economias desenvolvidas, veremos que os êxitos nunca foram fáceis", disse Zhang, que começou a trabalhar com os assuntos de Hong Kong no governo central na década de 1980.
Além disso, o povo de Hong Kong tem mantido um alto nível de autonomia, com o governo da RAE elevando a experiência e a habilidade no tratamento dos assuntos no âmbito de autogovernança e o povo de Hong Kong aproveitando direitos democráticos sem precedentes, de acordo com Zhang.
Ele afirmou que os valores fundamentais apreciados pela sociedade de Hong Kong, como o domínio da lei, liberdade, direitos humanos, justiça e integridade, continuam a ser respeitados, e a liberdade de discurso, imprensa e reunião aumentaram.
Os últimos 20 anos também testemunharam o contato mais próximo entre Hong Kong e a parte continental e uma tendência mais clara da cooperação de benefício mútuo, notou Zhang, acrescentando que Hong Kong tornou-se mais ativo nos íntercâmbios externos também.
Zhang admitiu que durante o processo de execução do princípio de "um país, dois sistemas", enfrentar novas situações, problemas, desafios e até alguns conflitos é inevitável.
"Os assuntos e os problemas não vieram de nenhum lugar. O fato que eles foram resolvidos de acordo com a lei prova que a política de "um país, dois sistemas" é vigorosa, resiliente e inabalável", disse Zhang.
Enfrentando as novas situações em Hong Kong, o Comitê Central do Partido Comunista da China, com o camarada Xi Jinping como o núcleo, tem orientado a prática de "um país, dois sistemas" de uma perspectiva estratégica e geral e alcançado novos avanços, novo progresso e novos êxitos no tratamento de assuntos de Hong Kong, de acordo com ele.
As exposições importantes feitas por Xi e outros altos líderes nos assuntos de Hong Kong enriqueceram a definição teórica do princípio de "um país, dois sistemas" e serão importantes para a realização do princípio no futuro, segundo ele.
Olhando para frente, Zhang acredita que Hong Kong se beneficiará bastante das três grandes iniciativas de desenvolvimento do país: o Cinturão e Rota, a internacionalização do renminbi, e a construção do agrupamento de cidades na Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
"No trem expresso do crescimento econômico robusto da China, o país reserva um assento para Hong Kong", disse Zhang, enfatizando que Hong Kong deve combinar suas vantagens com as necessidades do país para alcançar o maior desenvolvimento.