Hong Kong, 22 jun (Xinhua) -- Leung Chun-ying, chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), disse que o plano de desenvolvimento para a Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau pode ser um novo impulsionador para o desenvolvimento de Hong Kong no futuro.
Se a abertura e reforma da parte continental nos últimos 30 anos é uma oportunidade para a prosperidade econômica de Hong Kong, esse plano se tornará outra, disse Leung em uma entrevista à Xinhua antes do 20º aniversário do retorno de Hong Kong à pátria.
A Grande Área da Baía incluirá a RAEHK, a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), e nove cidades da Província de Guangdong (sul): Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Dongguan, Huizhou, Zhongshan, Foshan, Zhaoqing e Jiangmen.
Como a metrópole mais internacional da China, Hong Kong pode tomar as vantagens de "um país, dois sistemas" para fazer novas contribuições para o desenvolvimento do país, disse Leung.
O chefe do Executivo lembrou que muitos moradores de Hong Kong não sabiam com que moeda comprar sua primeira comida depois do retorno de Hong Kong.
Antes do retorno da região em 1997, alguns economistas estrangeiros afirmaram que duas moedas não podem coexistir em um país. A Lei Básica estipula que o dólar de Hong Kong, como a moeda corrente na RAEHK, deve continuar a circular depois do retorno de Hong Kong.
"Sob o princípio de 'um país, dois sistemas', Hong Kong manteve com sucesso o status jurídico do dólar de Hong Kong desde o retorno", assinalou Leung.
O chefe do Executivo disse que o princípio "um país, dois sistemas" foi implementado com sucesso em Hong Kong nas últimas duas décadas. Para garantir que o princípio seja implementado em Hong Kong sem qualquer distorção, é vital observar rigorosamente à Lei Básica.
Olhando de volta para os últimos 20 anos, Leung disse acreditar que Hong Kong deve se adaptar ativamente a seus novos papéis no desenvolvimento rápido do país.
"O que o país necessita varia em períodos diferentes", disse Leung.
Hong Kong serviu como um "super-conector" entre a parte continental e o resto do mundo em termos de comércio e investimento durante o esforço de reforma e abertura do país nos últimos 30 anos, afirmou.
Nos últimos 20 anos, e nos últimos cinco anos em particular, ao tomar a vantagem de "um país, dois sistemas", o governo da RAEHK fez grandes esforços para que Hong Kong desempenhe novos papéis para o país em inovação e tecnologias, disse Leung.
Leung disse à Xinhua que foi a vantagem de "um país, dois sistemas" que atraiu institutos de pesquisa estrangeiros a instalar agências em Hong Kong. "Por isso devemos revisar e ajustar constantemente os papéis de Hong Kong para fazer contribuições diferentes para o país em períodos diferentes."
A Iniciativa do Cinturão e Rota apresenta outra oportunidade de desenvolvimento para Hong Kong no futuro, disse o chefe do Executivo, acrescentando que as empresas de Hong Kong podem "embarcar no mesmo barco" com os parceiros continentais para zarpar para os países e regiões envolvidas na iniciativa, enquanto trabalham com os parceiros estrangeiros para introduzir novos projetos para a parte continental.
"As empresas continentais têm forte competitividade na construção de infraestrutura, enquanto as de Hong Kong são altamente reconhecidas por suas habilidades em gestão imobiliária", indicou Leung. "Então elas têm vantagens complementares em muitas formas."
"Hong Kong deve apreender as oportunidades da Iniciativa do Cinturão e Rota e o plano da Grande Área da Baía", disse. "Estou muito otimista e tenho confiança total no futuro de Hong Kong."