Economista defende que China deve ignorar desvalorização da Moody's

Fonte: Diário do Povo Online    28.06.2017 10h12

Li Daokui, professor na Universidade de Tsinghua, no Fórum Econômico Mundial, em junho de 2017.

A Reunião Anual dos Novos Campeões 2017, comummente designado de Fórum Davos de Verão, foi inaugurado em Dalian, na província de Liaoning, na terça-feira, com cerca de 2.000 participantes de 90 países e regiões, que discutirão vários desafios globais interligados.

Li Daokui, reitor do Schwarzman College da Universidade Tsinghua, abordou várias questões-chave que a China enfrenta no contexto dos atuais problemas econômicos mundiais.

Li disse, em um painel de debates, acreditar que a pressão da depreciação do yuan será moderada nos próximos anos, garantida a ausência de incidentes de maior causados pela administração de Donald Trump.

A China não deve atribuir grande importância à desvalorização da Moody's relativamente às classificações de crédito.

Li, também professor de Economia e Diretor do Centro para a China na Economia Mundial (CCWE), na Escola de Economia e Gestão da Universidade de Tsinghua, reforçou na terça-feira que uma grande economia, como é o caso da chinesa, não deve valorizar "comentários de uma pequena empresa", criticando aqueles que avaliaram a economia chinesa na Moody's como apenas "vários jovens adultos que obtiveram recentemente um MBA".

A Moody's Investor Service rebaixou as classificações de crédito da China em março, afirmando antever o desgaste do vigor financeiro da sua economia.

Foi a primeira vez em quase 30 anos que a Moody's baixou as classificações de crédito da China.

Mercado financeiro chinês mais aberto ao capital estrangeiro

Li explicou que a abertura do mercado financeiro da China consistiu em duas partes - a abertura dos serviços financeiros e a abertura do fluxo de capital.

"As empresas locais têm vantagens em serviços, como consultoria, varejo e logística. É raro que as empresas estrangeiras tenham sucesso nesses campos".

"A próxima fase de abertura poderá vir a permitir que o capital estrangeiro as apoie [empresas que visam entrar na China]", disse Li, acrescentando que "sempre existiram participações chinesas que estão por detrás de mais de 50% dos bancos de investimento. Penso que em breve, até mesmo 100% dos fundos de investimento estrangeiros apoiados terão entrada concedida em breve".

Li comentou também a recente tendência das moedas criptografadas. O professor acredita que as moedas digitais serão criadas apenas pelos governos no futuro.

"Se o governo dos EUA ainda cá estiver, e o governo chinês também, eles não permitirão que ninguém crie moedas além deles mesmos", reforçou, acrescentando que "o banco central poderá emitir moedas digitais no futuro, mas isso não será permitido a particulares".

(Web editor: Renato Lu, editor)

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