Economia de consumo da China crescerá quase US$ 2 trilhões até 2021, diz pesquisa

Fonte: Xinhua    03.07.2017 10h42

Beijing, 3 jul (Xinhua) -- A economia de consumo da China continuará seu rápido crescimento e pode aumentar em US$ 1,8 trilhão até 2021, segundo uma pesquisa da Boston Consulting Group (BCG) e AliResearch, da chinesa Alibaba.

Apesar da desaceleração geral do crescimento econômico, a economia de consumo do país continua mantendo o vigor graças à expansão da classe média-alta e das famílias abastadas, dos desejos de consumo das gerações jovens e do desenvolvimento do comércio eletrônico, afirmou.

"Devido a esses fatores, os consumidores chineses estão gastando mais em média e começam a preferir produtos de melhor qualidade", disse Jeff Walters, sócio na BCG e coautor do trabalho.

Os chineses se sentem mais cômodos fazendo compras na internet que os consumidores em outros países. Até 2021, 90% de todas as compras na China envolverão tecnologia digital em certo momento no processo, seja na navegação, comparação de preços ou na compra.

À medida que a economia chinesa vai maturando, os consumidores vão se diversificando. Em vez de focar em setores homogêneos, as empresas terão que entender perfis dos consumidores emergentes, bem como suas preferências e necessidades distintas.

Os chineses têm bem maior precepção de marca que no passado e as fronteiras de consumo como idade e gênero estão desaparecendo. Enquanto isso, há uma tendência de cada vez mais chineses solteiros, o que suporta uma crescente demanda de diferentes tipos de produtos, como móveis para apartamentos de uma só pessoa, dispositivos pequenos e alimentos vendidos em embalagens individuais e mais cômodas.

Os chineses também prestam maior atenção na proteção ambiental e sustentabilidade, desejando que suas compras sejam boas tanto para eles como para o planeta.

A AliResearch descobriu que 66 milhões de pessoas --16,2% dos usuários dos mercados varejistas chineses da Alibaba-- compraram em 2015 produtos ecológicos, ante os 4 milhões em 2011, e que estão dispostos a pagar, cerca de um terço em média, a mais por produtos sustentáveis.

Para as empresas, isso exige uma segmentação mais precisa de consumidores e uma melhor compreensão da demanda para garantir que os produtos e serviços novos sejam atrativos, assim como integrar as experiências de compra entre os canais digitais e as lojas físicas.

Impulsionada por um forte setor de serviços, a atividade não industrial da China se expandiu a um ritmo mais rápido em junho, novos sinais de uma economia chinesa em estabilização, mostraram os dados oficiais divulgados sexta-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) não industrial ficou em 54,9 em junho, ante os 54,5 em maio, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Graças ao consumo online forte, os sub-índices para os serviços de entrega rápida e tecnologia da informação da internet e software saltaram para 72,2 e 61,8 respectivamente, bem acima da linha que separa a prosperidade e a contração, de 50.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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