Beijing, 6 jul (Xinhua) -- A China pediu na quarta-feira que a Índia retire imediatamente as tropas de fronteira que ingressaram no território chinês e corrija os erros com ações práticas.
"Tropas indianas estão atualmente no território chinês, e o assunto não foi resolvido", afirmou Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em uma coletiva de imprensa regular.
O funcionário pediu que a Índia mostre a sinceridade para resolver as disputas de fronteira e desenvolver os laços bilaterais, e crie condições para o desenvolvimento normal das relações sino-indianas.
A seção Sikkim da fronteira entre a China e a Índia foi definida na Convenção entre o Reino Unido e a China sobre Sikkim e Tibet em 1890, assinalou o porta-voz, acrescentando que todos os governos sucessivos da Índia reconheceram essa demarcação.
Geng também citou uma nota apresentada à chancelaria chinesa pela embaixada indiana na China em 12 de fevereiro de 1960, em que explicava uma incursão fronteiriça indiana.
O governo da Índia recebeu a nota da China explicando a demarcação da fronteira, dizendo que Sikkim e Bhutan pertenciam a um lado da fronteira enquanto o Tibet estava no outro lado, segundo o documento da embaixada indiana.
Esta nota da embaixada indiana citou uma nota chinesa, segundo a qual, a fronteira entre Sikkim e Tibet tinha sido definida oficialmente e não havia divergências ou disputas no desenho dos mapas nem na prática.
O governo indiano estava disposto a acrescentar que o limite também tinha sido marcado no terreno, de acordo com a nota da embaixada.
O porta-voz da chancelaria disse que a recente ação da Índia violou os objetivos e princípios da Carta da Organização da ONU e pisou as leis internacionais e as normas básicas das relações internacionais.
No início dos anos 1950, a China, a Índia e Mianmar iniciaram de maneira conjunta os Cinco Princípios de Coexistência Pacífica, ou seja, o respeito mútuo à integridade territorial e soberania de cada um, a não agressão, a não interferência nos assuntos internos de cada um, a igualdade e a cooperação de benefício mútuo e a coexistência pacífica.
"Ao cruzar ilegalmente no território de outro país, a Índia pisou as normas básicas das relações internacionais que ela mesma iniciou", disse o porta-voz.
"Como pode a Índia ganhar a confiança de seus países vizinhos e desempenhar um papel mais importante nos assuntos globais se não corrigir seus enganos oportunamente?", acrescentou.