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BERLIM, 6 de jul (Diário do Povo Online) - As forças armadas alemãs (Bundeswehr) emitiram um alerta para todos os soldados posicionados em Hamburgo, contra possíveis ataques violentos de manifestantes, durante a Cúpula do G20, informou o jornal Der Spiegel na quarta-feira.
Em resposta, foi imposta uma proibição geral ao uso de uniformes em horários não úteis, e medidas rigorosas de segurança foram decretadas nos quartéis.
Uma nota de segurança interna emitida pelo Ministério da Defesa, baseada em informações obtidas pelo Serviço Alemão de Contra-Inteligência Militar (MAD), sugere que "os soldados que se deslocam pela cidade em uniforme durante os protestos anunciados podem ser alvo de ataques espontâneos de extremistas que estão dispostos a recorrer à violência".
Várias instruções de segurança baseadas nos conhecimentos do MAD foram compiladas, a fim de garantir a segurança dos militares, incluindo a ordem para aparecer na maior aglomeração urbana de Hamburgo como civis, quando estiverem fora de serviço, entre os dias 5 e 9 de julho.
Os uniformes só devem ser usados durante os posicionamentos oficiais.
As forças armadas alemãs acreditam que os protestos em torno da cúpula do G20, nos dias 7 e 8 de julho, se tornarão um “ponto central" para a potencial ocorrência de episódios de violência por parte dos extremistas de esquerda europeus.
Os protestos, alguns dos quais já entraram em confronto com a polícia desde o fim-de-semana passado, são dirigidos contra o "G20 como representantes do sistema capitalista ao qual se opõem".
Além das advertências individuais, as autoridades de defesa alemãs estão também preocupadas com a segurança das bases militares, usadas como acomodação para o pessoal.
Estas estão expostas a "um risco aumentado de tentativas de bloqueio e demonstrações espontâneas", pode ler-se no artigo citado pelo jornal alemão. Como resultado, todos os veículos militares devem ser estacionados em áreas especialmente protegidas.
A análise das forças armadas alemãs destaca a existência de "planos extensivos que visam perturbar a cúpula, bloqueando vias de acesso e interseções logisticamente significativas, além de atacar a infra-estrutura municipal e portuária".
Os círculos militares esperam que cerca de 10.000 manifestantes potencialmente violentos se desloquem até Hamburgo, provenientes de toda a Europa.
Os grupos anti-capitalistas da Grécia, Espanha e Itália são vistos como uma ameaça em particular, devido à sua experiência em confrontos com os governos domésticos, que lhes conferiu anos de treinamento em táticas, incluindo a construção de armas improvisadas, como cocktails-molotov, e pilhagem .
A polícia é responsável pela segurança durante a cúpula do G20. No entanto, as forças policiais receberão assistência das forças armadas.
Há também planos de contingência concretos para as emergências, como ataques químicos ou biológicos, que implicam o destacamento de especialistas militares.
Um grande número de paramédicos estará de plantão ao longo da cúpula e a força aérea alemã irá monitorar o espaço aéreo sobre Hamburgo, com um esquadrão de aviões de combate pronto a agir.
A nota de segurança inclui um plano específico para o dia 7 de julho, que inclui o resgate dos chefes de Estado em barcos na eminência de um ataque durante o concerto agendado para a noite, na sala de concertos de Elbphilharmonie.
Uma outra preocupação levantada pelo Ministério da Defesa é o uso de drones para interferir com os eventos agendados. Os especialistas da polícia estão ainda avaliando os meios de resposta a essa ameaça, cujos detalhes permanecem confidenciais.
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