Bancoc, 25 jul (Xinhua) -- A China espera trabalhar com a Tailândia e outros países ao longo do Mekong para garantir um mecanismo prático e eficaz para a Cooperação Lancang-Mekong (CLM), indicou na segunda-feira em Bancoc o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
Durante uma entrevista coletiva com seu homólogo tailandês, Wang enfatizou a importância das ações práticas da cooperação e disse que a CLM deve ser como uma escavadora para terraplenagem.
A CLM é um novo mecanismo de cooperação sub-regional estabelecido pelos seis países ao longo do rio com base na igualdade, ajuda mútua e cooperação de ganho mútuo, disse Wang.
O chanceler chinês acrescentou que o mecanismo com base em projetos objetiva melhor atender as necessidades comuns dos seis países em comparação com outros mecanismos de cooperação do Mekong.
A CLM enfatiza a eficiência e os resultados práticos e realizou rápidos avanços desde março passado, disse o chanceler chinês.
Os seis países cultivaram gradualmente a cultura Lancang-Mekong com características de tratamento igual, sinceridade, assistência mútua e proximidade como famílias, que orienta constantemente o mecanismo, acrescentou.
Em relação à próxima fase de desenvolvimento, Wang disse que a CLM focará no planejamento da 3ª Reunião dos Ministros das Relações Exteriores Lancang-Mekong no segundo semestre deste ano como preparativos da segunda Reunião dos Líderes Lancang-Mekong.
Ao mesmo tempo, os seis países garantirão que se formem seis grupos de trabalho conjunto neste ano e impulsionarão os primeiros projetos para realizar avanços significativos, disse ele.
A China, junto com a Tailândia e outros países do Mekong, farão todo o possível para que o mecanismo seja um exemplo de cooperação regional e de cooperação Sul-Sul, enfatizou Wang.
Os membros são China, Camboja, Laos, Mianmar, Tailândia e Vietnã. Os seis países ao longo do rio Mekong (cujo afluente na China chama-se rio Lancang) lançaram o mecanismo da CLM em 2015 e realizaram a primeira Reunião de Líderes em março de 2016.
Trata-se de um mecanismo sub-regional que cuida dos interesses comuns dos seis países e que é parte importante da cooperação geral da China com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, em inglês).
Na abertura do Secretariado da CLM na China, em Beijing, em março deste ano, Wang anunciou que até novembro de 2016 foi realizada uma reunião de líderes, uma dos ministros das Relações Exteriores e três de funcionários de alto nível.
Segundo o ministro, a reunião confirmou o mecanismo 3+5, que se refere aos três pilares de cooperação -- assuntos políticos e segurança; desenvolvimento econômico sustentável; e comunicações culturais e interpessoais-- e às cinco prioridades -- conectividade; capacidade de produção; cooperação econômica interfronteiriça; recursos aquáticos e agricultura; e redução da pobreza.
Houve resultados excelentes na implementação de todos os 45 projetos de colheita antecipada e no estabelecimento de grupos de trabalho nas áreas de prioridade, acrescentou.
Ele disse que o estabelecimento do Secretariado da CLM na China mostrou novamente a determinação chinesa em avançar a cooperação com os outros cinco membros da CLM.
