Hefei, 26 jul (Xinhua) -- Cientistas chineses fizeram novo avanço na comunicação quântica, demonstrando uma distribuição de chave quântica no espaço livre a longa distância durante a luz do sol.
No passado, os experimentos de comunicação quântica no espaço livre a longa distância somente podiam ser realizados à noite, porque a luz do sol, ou o ruído dela, proíbe a comunicação quântica na transmissão em condições de perda de altos canais a longas distâncias.
Portanto, o primeiro satélite quântico do mundo, o Experimentos Quânticos a Nível Espacial (QUESS, na sigla em inglês) lançado pela China em 2016, só pode enviar fótons à noite e leva pelo menos três dias para cobrir todas as estações terrestres ao redor da Terra.
Uma equipe da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, liderada por Pan Jianwei, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências, solucionou o problema do ruído da luz do sol e demonstrou a distribuição de chave quântica no espaço livre a 53 quilômetros durante o dia.
A equipe de Pan escolheu um comprimento de onda de 1.550 nanômetros e desenvolveu uma tecnologia de acoplamento de fibras de modo único no espaço livre e detectores de fóton único de conversão ascendente de ruído ultra-baixo para alcançar a distribuição diurna.
A nova tecnologia foi anunciada na segunda-feira na revista Nature Photonics.
"Nosso experimento provou a viabilidade da quântica com base em satélites na luz do dia e estabeleceu uma fundação para uma rede quântica global baseada na constelação de satélites", informou Pan.
A comunicação quântica é ultra-segura, pois um fóton quântico não pode ser separado nem duplicado. Assim, é impossível grampear, interceptar ou rachar as informações transmitidas.
A China está se esforçando para criar a primeira rede global de comunicação quântica até 2030, ligando uma constelação de satélites composta por dezenas de satélites quânticos e redes de comunicação quântica com base na terra.