O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira um projeto de lei com sanções dirigidas à Rússia, Irã e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), apesar de ter criticado o projeto como tendo "falhas graves".
Em um comunicado divulgado pela Casa Branca, Trump afirmou preferir medidas difíceis para "punir e dissuadir o mau comportamento" do Irão e da RPDC, assim como esclarecer à Rússia que "a América não tolerará interferências no processo democrático", criticando a legislação por incluir "provisões inconstitucionais" e ser uma "falha grave".
"Ainda assim, o projeto de lei permanece seriamente defeituoso - particularmente porque prejudica a autoridade do poder executivo para negociar", disse Trump.
Ao contrário das sanções anteriores, a nova legislação concede aos legisladores dos EUA o poder de bloquear o levantamento unilateral de sanções contra a Rússia de Trump.
O projeto de lei foi aprovado esmagadoramente no início deste mês pelo Congresso dos EUA, apesar da administração de Trump ter pedido aos legisladores que concedessem "flexibilidade" à Casa Branca ao lidar com a Rússia.
"Ao limitar a flexibilidade do Executivo, este projeto de lei torna mais difícil para os Estados Unidos fazer negociações benéficas para o povo americano", disse Trump no comunicado.
Apesar das suas objeções, Trump afirmou que assinou o documento "pela unidade nacional".
"Representa a vontade do povo americano de ver a Rússia adotar medidas para melhorar as relações com os Estados Unidos", reforçou.
Em retaliação à nova legislação de sanções, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje a decisão de Moscovo em reduzir a equipa diplomática dos EUA na Rússia em 755 pessoas, incluindo cidadãos dos EUA e russos, até ao dia 1 de setembro.
