Xi Jinping apela à contenção na retórica belicista

Fonte: Diário do Povo Online    14.08.2017 09h17

Trump defende também a resolução do impasse atual pela via do diálogo.

A conversa telefônica entre o Presidente Xi Jinping e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, no sábado, demonstrou que as duas maiores economias do mundo estão em sintonia no que diz respeito à desnuclearização da península coreana, segundo analistas.

Xi terá abordado com Trump que as partes envolvidas devem evitar comentários e ações que possam fazer escalar as tensões na península, acrescentando que a China está pronta para trabalhar em conjunto com os EUA, visando a resolução da questão de modo apropriado.

A chamada telefônica foi realizada horas depois que Trump fez novas ameaças de uma retaliação rápida e contundente contra Pyongyang, advertindo que o seu líder “irá arrepender-se rapidamente” se levar a cabo qualquer ação contra os territórios dos EUA ou dos seus aliados.

Trump deixou o aviso à RPDC na quinta-feira, aludindo a “um evento nunca antes visto”, após a divulgação de um plano de Pyongyang de disparar mísseis para as imediações do território estadunidense de Guam.

Xi reiterou que a China e os EUA têm interesses comuns quanto à desnuclearização da península coreana e à manutenção da paz e estabilidade regionais. As partes envolvidas devem lutar para conseguir resolver a situação pela via do diálogo e da negociação, rumo a uma solução política, disse Xi.

O presidente chinês disse que Beijing atribui grande importância à visita de Estado de Trump à China no final do ano, urgindo equipas de ambas as partes a levarem a cabo preparativos para o evento.

No que concerne à questão nuclear da península coreana, Trump disse que os EUA compreendem plenamente os esforços chineses para atingir uma solução e que está disposto a dar continuidade aos contactos com Beijing para discutir questões internacionais e regionais de interesse comum.

No dia 5 de agosto, o Conselho de Segurança da ONU adotou com unanimidade a Resolução 2371, impondo novas sanções à RPDC, banindo as suas exportações de carvão, ferro, chumbo, e pescado, em resposta aos dois testes de mísseis balísticos intercontinentais em julho. Desde 2005, a RPDC levou a cabo 5 testes nucleares e vários testes de mísseis.

Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos EUA, disse num artigo publicado no Wall Street Journal, na sexta-feira, que “desde que a desnuclearização requer uma cooperação sustentada, esta não pode ser conseguida através da pressão econômica”.

Kissinger disse que a concordância entre Washington e Beijing é essencial para ser atingida uma solução para a questão.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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